O encontro da Supertaça do Brasil entre o Palmeiras e o Flamengo vai ser disputado em Brasília, em 29 de janeiro, apesar dos distúrbios ocorridos no domingo, anunciou hoje Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O Estádio Mané Garrincha é o palco que irá acolher o duelo entre o Palmeiras, atual campeão brasileiro, comandado pelo português Abel Ferreira, e o Flamengo, vencedor da Taça do Brasil e da última edição da ‘Copa’ Libertadores, orientado pelo compatriota Vítor Pereira.
A decisão foi tomada após a CBF consultar o governo brasileiro sobre as condições de segurança na capital do país, que foi palco de um ataque realizado por milhares de apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro contra as sedes dos três poderes.
O secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, responsável pelos órgãos de segurança pública de Brasília, garantiu que "existem plenas condições de segurança" para a realização da partida.
Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.
A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo das sedes dos três poderes, numa operação de que resultaram cerca de 1.500 detidos.
A Polícia Federal brasileira informou que cerca de 600 pessoas presas acusadas de participarem nos atos, na maioria idosos com mais de 65 anos, mulheres que têm filhos pequenos e pessoas com comorbilidades graves, foram libertadas para responder em liberdade.
A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira que apoiam o anterior presidente, derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios, na capital brasileira.
Entretanto, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres terão atuado com negligência e omissão.
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