O ex-guarda-redes do Flamengo Bruno Fernandes decidiu hoje destituir o seu advogado de defesa no julgamento pela morte de Eliza Samudio, dizendo não se sentir "seguro", o que levou a mais um desmembramento do processo.
Após informar que desistira do advogado, Bruno Fernandes solicitou um prazo para constituir nova defesa, o que foi negado por Maxine Fabiane, juíza responsável do processo em que o ex-jogador é acusado de ter ordenado a morte da ex-amante.
O ex-jogador passou então a ser representando pelo advogado Francisco Simim, que também defende sua ex-mulher Dayanne Rodrigues, de acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
O pedido foi interpretado como uma tentativa do jogador de atrasar o júri, com o desmembramento do processo, o que já havia ocorrido na segunda-feira, em relação ao réu Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como "Bola", acusado de executar a morte de Elizia Samudio.
O ex-guarda redes chegou ainda a tentar destituir também o novo advogado, ao afirmar que isso prejudicaria a ex-mulher.
Para solucionar a questão, por sugestão do promotor Henry Castro, a juíza terminou por desmembrar o processo em relação a Dayanne, mantendo para, esta terça-feira, o julgamento de Bruno.
De acordo com o Tribunal de Minas Gerais, a ex-mulher do jogador já deixou o local onde ocorre o julgamento e neste momento a primeira testemunha do dia - João Batista, ex-caseiro da quinta na qual Eliza terá sido assassinada - começou a ser ouvida.
Bruno Fernandes, o seu amigo Luiz Henrique Romão, conhecido por "Macarrão", a sua ex-mulher, Dayanne Souza, a sua ex-amante Fernanda Castro, e Marcos Aparecido dos Santos são acusados do sequestro, desaparecimento e morte de Eliza Samudio, em junho de 2010.
Samudio desapareceu em junho de 2010, após sair do Rio de Janeiro e ir para Esmeraldas, em Minas Gerais, onde Bruno Fernandes possuía uma quinta. Ela levava nos braços um bebé de quatro meses, que dizia ser filho do guarda-redes.
Fernandes e "Macarrão" respondem por homicídio, rapto e cárcere privado, além de ocultação de cadáver e corrupção de menores, com penas que podem ultrapassar os 30 anos de prisão.
Fernanda Castro e Dayanne Souza são acusadas de participação no sequestro de Samudio e do bebé. Um exame de DNA terá provado que ele é mesmo filho de Fernandes e, hoje com dois anos, vive com a avó materna.
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