O futebolista brasileiro Gabriel Barbosa foi suspenso esta segunda-feira por dois anos pela Justiça Desportiva Antidopagem do Brasil, por tentativa de fraude em controle antidoping.
A decisão, passível de recurso, é do Tribunal de Justiça Desportiva de Antidopagem do Brasil, que acusa ‘Gabigol’, como também é conhecido, de obstrução num teste realizado em 08 de abril de 2023.
Desta forma, o antigo jogador do Benfica, que teve uma passagem fugaz pela Luz, em 2017, com apenas um golo em cinco jogos, não poderá jogar até abril de 2025, uma vez que a sanção começou a contar no dia do referido controlo antidoping.
O ‘Fla’ adiantou que irá “ajudar” Gabriel Barbosa neste processo, nomeadamente na apresentação do recurso junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), por entender que “não houve nenhum tipo de fraude, ou tentativa, que justifique a sanção aplicada".
O avançado do Flamengo foi acusado por infração artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, que se refere a "fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle". O código prevê suspensão de até quatro anos em caso de condenação.
O caso aconteceu a 08 de abril de 2023, no centro de treinos do Flamengo, conhecido como Ninho do Urubu. Na altura, o jogador terá dificultado a realização de um controle antidoping, cujo resultado foi negativo. No entanto, o avançado terá dificultado a realização do mesmo, de acordo com os oficiais de recolha de amostras, algo que configura como "fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle".
De acordo com as testemunhas, citados pelo Globoesporte, Gabigol terá demorado a comparecer quando solicitado e não terá cumprido com as instruções que lhe foram dados. À exceção do avançado, todos os outros jogadores do Flamengo realizaram o exame antes do treino das 10h da manhã, hora local.
Gabriel Barbosa ficou de ir ao centro de recolha de amostras onde era aguardado após o treino, mas acabou por não comparecer. O craque do Mengão ignorou as instruções e foi almoçar, falhando assim os procedimentos que devia seguir. Quando voltou, terá recolhido o coletor sem avisar a ninguém, irritou-se ao ver que o oficial o acompanhou até a casa de banho para a recolha e, no final, entregou o vaso aberto, contrariando orientação recebida.
O internacional brasileiro em 18 ocasiões não quis realizar o teste antes do treino, conforme está estabelecido no regulamento, foi almoçar e só mais tarde aceitou fazer a análise à urina, que também apresentou de forma irregular, obtendo um resultado negativo.
*Artigo atualizado
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