O Ministério Público Federal (MPF) do Brasil pediu hoje que o ex-jogador de futebol Robinho cumpra no Brasil a pena de nove anos de prisão pela violação de uma mulher em Itália, onde foi condenado.

O Ministério Público enviou um parecer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) no qual defende o cumprimento da pena no Brasil, por entender que respeita a legislação nacional e porque serviria também para mostrar o empenho do país na repressão do crime e na cooperação jurídica.

O tribunal analisa um pedido do Governo italiano para homologação no país da condenação, visto que o Brasil não extradita os seus cidadãos para cumprirem penas no estrangeiro.

“Caso o Brasil não cumpra essa obrigação, o Estado corre o risco de permitir a impunidade de um crime cuja materialidade e autoria foram reconhecidas internacionalmente, indicou, em comunicado, o MPF, referindo-se ao ex-internacional brasileiro agora com 39 anos.

O órgão de acusação também refutou um argumento da defesa de Robinho, que questionou a legalidade dos processos pelos quais algumas das provas usadas para condenar o ex-jogador de futebol foram reunidas.

Robinho, que jogou em clubes como Real Madrid, Manchester City, Milan e Santos, encontra-se no Brasil, embora sem passaporte e, por isso, impedido de sair do país.

 Foi considerado culpado em 2022 pela justiça italiana de ter participado numa violação coletiva de uma jovem albanesa numa discoteca em Milão, em 2013.

A violação ocorreu quando Robinho jogava pelo Milan e envolveu também um amigo seu, Ricardo Falco, que também foi condenado.