Jackson Follman era o guardião da Chapecoense e foi um dos poucos passageiros a salvar-se. O acidente colocou um ponto final na sua carreira mas não nos sonhos do jovem jogador, de 24 anos.
"Serei sempre um desportista. Serei sempre guardião da Chapecoense. Um dia penso participar nos Jogos Paralímpicos", contou o antigo jogador, a quem tiveram de amputar uma parte da perna direita.
Segundo o Record, o jovem recebeu há três semanas a prótese da perna direita, continuando no entanto a recuperar de uma mazela no pé esquerdo, que necessitou de um enxerto. "O meu corpo tem respondido muito bem", disse o ex-guarda-redes à agência espanhola 'EFE'.
O médico que acompanha o processo de recuperação de Follman também está muito contente com a sua evolução. "Ele começou a caminhar duas semanas após o acidente, quando o normal são cerca de quatro", frisou José André Carvalho.
O antigo atleta da Chapecoense recorda os momentos que passou com a equipa e a forma como está agradecido a Deus por ter sobrevivido. "Às vezes vem-me à cabeça a imagem do pessoal a cantar 'Vamos, Chape!' [...] Foi um milagre! Deus pegou-nos nos seus braços e deu-nos uma segunda chance", revela.
Recorde-se de que a equipa da Chapecoense viajava para disputar a final da Taça Sul-Americana quando o avião em que seguiam se despenhou no dia 28 de novembro do ano passado, perto de Medellín, na Colômbia, provocando a morte a 71 passageiros, incluindo a maioria dos jogadores do clube brasileiro.
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