Cuca veio a terreno justificar as suas declarações, após a polémica com Abel Ferreira, treinador português do Palmeiras. O técnico do campeão Atlético Mineiro, atual campeão brasileiro, convocou uma conferência de imprensa para falar sobre sobre a má fase do emblema de Minas Gerais após a derrota com o Goiás (1-0) e também para clarificar algumas posições que tomou.

"Vou falar com franqueza, como sempre fiz. Em Curitiba, quando acabou o jogo, um repórter esteve bem na pergunta que ele fez. Só que me apanhou desprevenido, eu não sabia da entrevista do Abel Ferreira. No outro dia, quando perdemos o jogo, levantámos cedo, nem conseguimos dormir como deve ser. Viemos para cá [Belo Horizonte] tentar se organizar da melhor forma para jogar contra o Coritiba e não li as declarações do Abel. O repórter, naquele jogo, lá em Curitiba, falou-me da entrevista mas eu não sabia da entrevista. Quando me apanhou de surpresa naquela pergunta, respondi com a maior naturalidade possível mas sem ofender ninguém. Simplesmente falei, e quis deixar claro que a vitória te dá o direito de falar tudo, e que tens razão. A derrota não te dá razão. Foi isso que eu fiz. Não tive maldade e nem intenção de ofender ninguém, nem o Palmeiras, muito menos o Abel", explicou Cuca.

Após afastar o Galo nos quartos de final da Taça Libertadores, Abel Ferreira disse, na análise ao jogo, que o Atlético Mineiro devia ter atacado mais pelo meio em vez de ser pelas laterais, quando jogava com mais um jogador. Cuca concorda.

"Ele tem razão em muitas coisas que disse, [principalmente] quando disse que eu não consegui atacar pelas faixas porque [o Palmeiras] estava bem fechado e que eu devia ter atacado pelo meio. Ele tem toda a razão, eu tentei com o Sasha, com a entrada do Nacho, mas nós não achamos esse espaço. Quando conseguimos, o Hulk chutou para fora. A outra [oportunidade] o Jair acabou por cabecear para fora. Foram poucas oportunidades. Mas não encontrámos esse espaço", desabafou.

Cuca recusou ainda uma suposta rivalidade com Abel Ferreira.

"Jogámos oito vezes, com muitos empates [seis] e perdi aquela com o Santos [0-1 na final da Libertadores de 2020]. Nunca ofendi o Palmeiras ou o Abel, só disse que as vitórias dão a oportunidade de falar de uma maneira diferente do que as derrotas. Acho que isso é normal", finalizou.