O guarda-redes Jackson Follmann, um dos sobreviventes do acidente aéreo da equipa brasileira de futebol Chapecoense, será submetido a uma nova amputação da perna direita, informou hoje o diretor do hospital de Medellín (Colômbia).
“Amanhã [quinta-feira], vamos levá-lo para o bloco operatório para avaliar o estado do coto direito. Tem um processo infeccioso que estamos a controlar. Vamos amputar uns quatro centímetros do osso, que já não está viável”, explicou o diretor médico do Hospital San Vicente Fundación de Medellín, Ferney Rodríguez, em conferência de imprensa.
Follmann foi submetido a amputação de parte da perna direita, devido à gravidade das lesões provocadas pela queda do avião perto de Medellín, mas saiu bem de uma segunda cirurgia efetuada na quinta-feira, que não exigiu a amputação do membro esquerdo.
Sobre esta nova intervenção, o médico Marcos André Sonagli, ortopedista da Chapecoense, lembrou que “é mais importante manter o futebolista vivo do que com um pouco mais de perna”, uma vez que nas últimas horas a necrose da perna direita tem aumentado.
O guarda-redes mantém-se na Unidade de Cuidados Intensivos, com sedação leve, e apresenta um diagnóstico pulmonar “muito bom”.
Por outro lado, a situação de Alan Ruschel alterou-se significativamente nas últimas horas, com o defesa brasileiro a sair dos Cuidados Intensivos e a ser transferido para um quarto, para o qual se deslocou pelo próprio pé.
“Alan está em processo de fisioterapia e a começar a sua recuperação", comentou Rodríguez sobre o jogador que, após o acidente, foi submetido a uma cirurgia na coluna.
Ambos os médicos coincidiram em que é preciso avaliar com calma a hipótese de transferir Ruschel para um hospital no Brasil.
Já Hélio Neto, o outro dos três futebolistas sobreviventes hospitalizados, continua a lutar pela vida, mas, segundo Sonagli, nas últimas 12 horas esteve mais estável do que no dia anterior.
A 29 de novembro, a queda do avião da companhia Lamia causou a morte a 71 das 77 pessoas que seguiam a bordo, incluindo a maioria dos jogadores da Chapecoense, dirigentes e jornalistas que acompanhavam a equipa, que se preparava para disputar a primeira mão da final da Taça Sul-americana com os colombianos do Atlético Nacional.
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