Horas depois de ter sido condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique, Jorge Jesus concedeu uma entrevista à RTP, onde fez um balanço sobre os últimos cinco meses no Flamengo.
"A decisão de escolher o Brasil não foi fácil. Até o meu agente não estava muito de acordo porque o Brasil é um país que despede o treinador com três ou quatro jogos. Eu pensava o contrário. Tivemos a possibilidade de treinar o Vasco, o Atlético Mineiro e depois o Flamengo. Aí não hesitei. E não hesitei porque já conhecia o Flamengo. É um dos maiores clubes do mundo em termos de adeptos. Depois havia a possibilidade de chegar a um campeonato do mundo de clubes via Libertadores. Esse foi um desafio que abracei logo. A minha grande prioridade era ser campeão no Brasil e comecei a perceber que para eles era importante ganhar a Libertadores. Tivemos a felicidade de ter ganho os dois objetivos", começou por dizer.
"Quando tomo a decisão ligo para a minha equipa e digo: 'Preparem-se, que vamos para o Brasil, mas primeiro quero almoçar convosco'. Almocei com eles em Setúbal e disse que iríamos ganhar a Libertadores, para estarmos no Mundial de Clubes, e que íamos ganhar o campeonato brasileiro. E disse isto antes de chegar ao Brasil. A minha convicção já era total", vincou.
Mesmo depois de vencer a Libertadores e o Brasileirão, Jorge Jesus admitiu que existem poucos motivos para deixar o Flamengo nesta altura da sua carreira. "Tenho contrato até maio e vou cumpri-lo", garantiu.
Ainda assim, mostrou-se disponível depois para treinar uma equipa que dispute a Liga dos Campeões para ganhar. "Não há assim muitas", admitiu.
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