Este artigo tem mais de 11 anos
Jogador emprestado pelo FC Porto é um dos homens do momento no Goiás.
O avançado brasileiro Walter, que já marcou 21 golos desde janeiro ao serviço do Goiás, recordou agora alguns detalhes da sua vida pessoal, até agora desconhecidos.
«O futebol foi tudo para mim. Não sei o que seria de mim. Não tenho muitos estudos, não gostava de estudar. Queria era correr atrás de bola, fugia da escola, ficava a jogar consola. Aprontei muito. O futebol salvou-me de muitas coisas. Vivia na favela, sem estudos, ou ia trabalhar com qualquer coisa ou ia ser bandido. Deus deu-me um dom, que foi jogar futebol e com esse dom sou jogador profissional. Tinha essa dúvida: Será que vou ser profissional? Mas consegui, hoje sou profissional. Presenciei a muitos roubos e mortes à minha frente. Vi tiroteios. Estava parado num lugar, começava a ouvir tiros e tinha de correr. A minha mãe saía atrás de mim louca por causa do tiroteio», desabafou Walter numa entrevista ao glooboesporte.
O Bigorna, como é conhecido no futebol, falou ainda das tragédias que envolveram os seus irmãos.
«O Waldex está preso. Fez uma coisa errada, roubar um autocarro. Mas ele é uma boa pessoa, não precisava disso. Ele sempre viveu com a minha mãe, e o que dou para eles é para não roubar ninguém. Disse-lhe para não fazer o que fez de novo. Se fizer, vai cair de novo aqui (na prisão), vai sofrer e vai perder o irmão também. Falta pouco tempo para ele sair, vai voltar para casa e a gente vai voltar a brincar muito», explicou.
Recorde-se que Walter foi emprestado pelos Dragões até ao final de dezembro.
Comentários