A derrota do Botafogo frente ao Atlético Mineiro (0-1), que agravou a série de quatro jogos sem vencer em cinco no Brasileirão, trouxe críticas à gestão de Renato Paiva, em particular pela ausência de reforços no onze inicial. O treinador não se esquivou às questões e respondeu de forma direta, defendendo as suas escolhas e o trabalho do scouting do clube.

“Não ponho jogadores em campo só porque custaram milhões. Há critérios e contextos”, afirmou o técnico, que fez questão de destacar a competência da estrutura de prospeção dos cariocas. “O scouting do Botafogo não é infalível, como nenhum é. Trabalhei no scouting do Benfica, um dos melhores do mundo, e mesmo lá há erros”, destacou.

Renato Paiva deu ainda exemplos concretos para justificar a não utilização de alguns reforços. “O Rwan Cruz veio de uma realidade muito diferente, da Bulgária. Teve de resolver assuntos pessoais e ficou um tempo sem treinar. Está em processo de adaptação. O Elias Manoel chegou da MLS, também precisa de tempo. O Nathan chegou lesionado, recuperou e voltou a lesionar-se. Não pude contar com ele”, explicou.

Apesar do desaire, Paiva mostrou-se satisfeito com o desempenho coletivo. “A equipa teve personalidade, controlámos grande parte do jogo. Voltámos do intervalo bem, mas sofremos um golo de canto na pequena área, algo que não pode acontecer a este nível. Depois, com a expulsão, tornou-se tudo mais difícil. Foram dois jogos diferentes: um 11 contra 11, outro com menos um”, resumiu o técnico.