
Nem todas as histórias no futebol terminam com taças levantadas ou celebrações efusivas, mas algumas deixam marcas invisíveis que moldam carreiras. Jan-Niklas Beste, hoje um dos destaques do Friburgo na Bundesliga, olha para os seus meses no Benfica não como um fracasso, mas como um trampolim para o crescimento pessoal e profissional.
O esquerdino alemão chegou à Luz com expectativas elevadas, mas acabou por ser apenas uma peça secundária no tabuleiro encarnado. Ao longo de 22 jogos, quase sempre a partir do banco, Beste não teve o protagonismo que desejava. No entanto, não há ressentimentos na sua voz quando recorda essa fase da carreira.
"Nunca diria que foram seis meses perdidos. Agora sei melhor o que quero e o que não quero. Ter uma experiência de vida como esta ajuda-nos a evoluir muito como pessoa", afirmou à Kicker, mostrando que há derrotas que ensinam mais do que algumas vitórias.
Antes de aterrar em Lisboa, Beste esteve à porta da seleção alemã, convocado para um jogo com a França. No entanto, uma lesão afastou-o desse sonho, que, para já, não ocupa os seus pensamentos. "Neste momento, vou ser honesto: o tema da seleção nacional nem sequer me passa pela cabeça. É claro que é uma honra e que toda a gente quer jogar pelo seu país, mas de momento não estou a pensar nisso."
O Friburgo, atual quinto classificado da Bundesliga, está a surpreender e a lutar por um lugar na Liga dos Campeões. E Beste, agora mais maduro, faz parte dessa caminhada. "No momento, as coisas estão a ir muito bem, mas isso é apenas um retrato. O treinador também está a certificar-se de que tudo continua como está."
E se a sua passagem pelo Benfica não teve o impacto desejado dentro de campo, deu-lhe pelo menos o privilégio de pisar o palco maior do futebol europeu. "Todo o ambiente é muito especial, estes jogos têm um toque completamente diferente."
Comentários