O ministro alemão do Interior, com a pasta do Desporto, mostrou-se favorável à retoma da Liga de futebol daquele país no decorrer deste mês, depois de quase dois meses de interregno, devido à pandemia de COVID-19.
"Considero a proposta da Liga Alemã de Futebol [DFL] aceitável e apoio o regresso da competição em maio", disse Horst Seehofer, em entrevista publicada hoje no jornal Bild, a três dias de uma reunião das autoridades germânicas, para decidir sobre esta matéria.
A DFL propõe um regresso dos dois primeiros escalões a meio ou no final deste mês, caso as autoridades do país o autorizem, com jogos à porta fechada e a obrigatoriedade de testar jogadores e equipas técnicas a cada três dias, para assegurar que as partidas se realizam sem riscos.
"Caso exista um caso de infeção, todos nesse clube, e possivelmente o adversário contra quem jogou, terão de ficar em quarentena durante duas semanas", referiu o governante alemão, salientando que toda esta situação "requer grande disciplina na prevenção".
Estas declarações fazem antever que o futebol na Alemanha estará perto do regresso, sendo que, já esta semana, tanto os governos federais germânicos como o Ministério do Trabalho se mostraram favoráveis ao retorno da competição.
Na primeira semana de abril, alguns clubes recomeçaram os treinos no relvado, ainda que de forma condicionada e em pequenos grupos, entre os quais o campeão Bayern Munique, o Eintracht Frankfurt, o Wolfsburgo, o Leipzig e o Borussia Dortmund.
Caso se confirme o regresso da competição, a Bundesliga será o primeiro dos principais campeonatos de futebol na Europa a retomar os jogos, suspensos após o fim de semana de 07 e 08 de março devido à crise mundial de saúde pública, provocada pela pandemia.
Após cumpridas 25 de 34 jornadas, a Bundesliga é liderada pelo Bayern Munique, que soma 55 pontos, mais quatro do que o Borussia Dortmund e cinco face ao Leipzig.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 241 mil mortos e infetou cerca de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
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