“Durante o confinamento, examinámos todas as possibilidades de estabilização económica e (...) pedimos recursos para garantir a nossa liquidez", assumiu o diretor financeiro do clube campeão alemão em 2007, referindo-se aos 15 milhões de euros pedidos ao banco público KfW.

Stefan Heim disse que essa é uma das medidas tomadas “para garantir a sobrevivência económica” do Estugarda, “num momento em que ninguém pode prever quando e como as coisas vão evoluir no futebol”.

O Werder Bremen, que garantiu a permanência no ‘play-off’, já confirmou que deseja um empréstimo do KfW, enquanto o Schalke 04, que já tinha dívidas de 198 milhões de euros antes da pandemia, solicitou recentemente ao estado regional da Renânia do Norte-Vestfália uma garantia para obter um empréstimo de cerca de 40 milhões de euros.

Os clubes das primeira e segunda divisões da Alemanha sofreram perdas significativas de receita por causa da pandemia, destacando-se a de bilheteira das nove jornadas disputadas após a retoma, à porta fechada, sem público.

A revista Der Spiegel refere que até o Borussia Dortmund, vice-campeão, só superado pelo Bayern de Munique, procura ajuda pública.

O seu diretor-geral, Hans-Joachim Watzke, frisou, no entanto, que o governo deve verificar se as dificuldades financeiras dos clubes foram causadas pelo coronavírus ou má gestão.

A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 584 mil mortos e infetou mais de 13,58 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.679 pessoas das 47.765 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.