
O Tottenham pode encerrar um ciclo de mais de 40 anos sem títulos nas competições da UEFA após um trajeto ‘sólido’ até à final da Liga Europa, na quarta-feira, perante o Manchester United, do treinador português Rúben Amorim.
Vencedora da extinta Taça das Taças, na época 1962/63, e da antiga Taça UEFA, nas temporadas 1971/72 e 1983/84, a equipa londrina venceu nove jogos, empatou três e perdeu dois no ‘caminho’ rumo à final inglesa que se disputa no Estádio San Mamés, em Bilbao, às 21:00 de Espanha (20:00 de Lisboa).
Quintos na Premier League de 2023/24, os ‘spurs’ encararam a presente época com o mesmo treinador, o australiano Ante Postecoglou, e foram mais ‘competentes’ na Liga Europa do que no campeonato, prova em que ocupam a 17.ª posição a uma jornada do fim, logo acima do trio despromovido ao segundo escalão e abaixo do ‘United’ de Amorim.
Em vésperas de disputar o 59.º jogo da temporada, o Tottenham posicionou-se cedo para garantir diretamente os oitavos de final, com três vitórias a abrir a fase de liga, perante Qarabag (3-0), Ferencváros (2-1) e AZ Alkmaar (1-0), entre setembro e outubro.
Líder após a terceira jornada, a par da Lazio e do Anderlecht, a formação britânica desceu ao 11.º lugar após a derrota com o Galatasaray (3-2) e os empates com Roma (2-2) e Rangers (1-1), antes de recuperar uma vaga de acesso direto aos ‘oitavos’, graças aos triunfos sobre Hoffenheim (3-2) e Elfsborg (3-0).
O conjunto do norte de Londres terminou a fase de liga na quarta posição, com 17 pontos, e marcou reencontro com o AZ Alkmaar em março, fase em que a repetição do apuramento europeu via campeonato já estava praticamente fora de questão.
Reconhecidos pelo futebol ofensivo exibido no campeonato anterior, os ‘spurs’ rondaram os lugares europeus até à 16.ª jornada, quando ocupavam o 10.º lugar, com 23 pontos, a dois do sétimo lugar, o último de acesso às provas da UEFA, antes de ‘escorregarem’ na classificação com um ciclo de sete jogos consecutivos sem triunfos.
No final de janeiro, a equipa de Ante Postecoglou ocupava o 15.º lugar, com 24 pontos, e manteve-se desde então na ‘cauda’ da tabela, apesar de ter o quinto ataque mais concretizador, com 63 golos, registo insuficiente para contrariar o efeito da quinta defesa mais batida até agora, com 61 sofridos.
Na Liga Europa, a equipa outrora treinada pelos portugueses André Villas−Boas, José Mourinho e Nuno Espírito Santo esteve em desvantagem com os neerlandeses, após a derrota na primeira mão dos ‘oitavos’ (1-0), mas ‘virou’ a eliminatória no seu estádio (3-1) e permaneceu invicto desde então.
Os londrinos superaram os alemães do Eintracht Frankfurt nos ‘quartos’, com uma vitória por 1−0 na Alemanha a ‘decidir’ após o empate caseiro da primeira mão (1−1), e o Bodo/Glimt, equipa norueguesa que derrotara FC Porto (3−2) e Sporting de Braga (1−1) na fase de liga, com dois triunfos nas meias−finais (3−1 e 2−0).
O avançado Solanke, com cinco golos e quatro assistências, foi o protagonista e o lateral Pedro Porro, ex−Sporting, o mais utilizado (1.008 minutos) numa equipa que assegurou a sexta final europeia do seu historial – perdeu ainda com o Feyenoord, na Taça UEFA de 1973/74, a duas mãos, e com o Liverpool (2–0), na final da Liga dos Campeões de 2018/19.
O Tottenham vai participar numa final europeia entre formações inglesas pela terceira vez, já que, na edição inaugural da Taça UEFA, em 1971/72, derrotou o Wolverhampton numa final a duas mãos, com uma vitória fora, por 2–1, e um empate caseiro (1–1).
Comentários