O presidente da equipa do Mindelense de São Vicente disse hoje que a Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) está "numa situação de ilegalidade", já que continua a funcionar normalmente depois de todos os seus órgãos terem sido destituídos.
"Quem nomeou a equipa da arbitragem para o jogo da final? Quem analisou e decidiu as incidências disciplinares do primeiro jogo?", questionou Daniel de Jesus, em declarações à agência Lusa.
O dirigente lembrou que todos os órgãos da FCF caíram e "continuam a funcionar como se nada tivesse acontecido".
Os órgãos da FCF foram destituídos em assembleia-geral extraordinária realizada no dia 19 de agosto, após a polémica à volta do campeonato nacional, em que o Mindelense foi eliminado, por falta de comparência em jogo com a Ultramarina de São Nicolau.
Os campeões de São Vicente foram penalizados com derrota, multa de 136 euros, eliminação e consequente apuramento da Ultramarina para a final da prova.
Quanto à eliminação, decidida pelo então Conselho de Disciplina da FCF, o presidente disse que o Mindelense vai continuar a lutar, e entregou o caso a um advogado.
Na semana passada, Daniel de Jesus disse que o Mindelense iria recorrer da decisão e impugnar o campeonato.
No jogo da finalíssima, realizado no domingo no Estádio da Várzea, o Sporting da Praia venceu a Ultramarina por 3-2 e sagrou-se campeão de Cabo Verde pela 12.ª vez.
Após a destituição dos órgãos da FCF, cinco associações regionais criaram uma comissão de gestão, liderada pelo presidente da Associação Regional de Santiago Sul, Mário Avelino, que vai preparar as eleições antecipadas, marcadas para o dia 30 de setembro.
Contactados pela agência Lusa, elementos da comissão de gestão prometeram um esclarecimento ao caso para mais tarde.
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