O pré-candidato à presidência da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), Celestino Mascarenhas, cuja candidatura às eleições de 11 de Abril foi recusada, promete fazer uma “oposição cerrada” por discordar dos métodos exigidos para aprovação de listas.
À Inforpress, Celestino Mascarenhas explicou que a sua candidatura foi recusada por demora da subscrição das associações, alegando que contava receber na data limite, 27 de Março, as provenientes das associações regionais da Brava e de Santo Antão Sul.
Mascarenhas disse que tinha tudo alinhavado para oficializar a sua candidatura, ainda que condicional na sexta-feira, para logo na segunda-feira regularizar a situação, mas entende que a sua entrada na corrida provocou algum desconforto nas outras listas que, a seu ver, temeram pela sua entrada dada a “mais experiência”.
“A minha candidatura tinha todas as condições para vencer às eleições federativas sem problema algum porque havia entidades que estavam comprometidas com outras listas, mas decidiram mudar de opinião quando inteiraram do meu projecto”, atesta Celestino Mascarenhas.
Afirma mesmo que tinha a garantia de “votos certos” em cinco das 11 associações, com o argumento que mesmo associações que subscreveram noutras listas, haviam manifestado a intenção de votar na sua plataforma, esclarecendo que não tinham obrigação de votos nas candidaturas subscritas.
Este dirigente classifica o método exigido para a apresentação das listas candidatas à FCF de “redutor e limitativo”, por discordar da forma como é obrigada um mínimo de duas associações a subscreveram uma candidatura.
Do seu ponto de vista, a FCF atualmente “não deve continuar a ficar refém de 11 elementos”, argumentando que, doravante, tem o nível de um ministério em Cabo Verde.
Segundo disse, em termos de representação, feitura e responsabilidade o “orçamento federativo supera as das câmaras municipais do Maio, da Brava e da Ribeira Grande de Santiago”, razão pela qual, chama a atenção para uma revisão dos estatutos da FCF, no sentido dos clubes passarem a votar, em detrimento das 11 associações.
Outrossim, considera que a região de Santiago Sul, composta por 20 clubes, não pode ter o mesmo peso eleitoral com as do Maio e Brava, onde o campeonato é disputado por um número reduzido de equipas.
Entretanto, prometeu que mesmo estando de fora, não vai dar qualquer sentido de voto às duas listas concorrentes, mas promete “trabalhar na oposição para opinar em tudo quanto diz respeito ao futebol cabo-verdiano”.
As eleições para o substituto de Mário Semedo na FCF estão agendadas para 11 de Abril com a mesa da assembleia-geral a oficializar as candidaturas lideradas por Mário “Donnay” Avelino e Victor Osório.
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