A equipa do Onze Unidos preparar a sua participação na Supertaça de Cabo Verde, prevista para o dia 28, na ilha do Fogo, com «olhos postos na vitória», disse esta sexta-feira à Inforpress o presidente Kwalter Barbosa.
O responsável assegurou que o clube já está na posse do convite da Federação Cabo-Verdiana de Futebol (FCF), que assegura as passagens e a estadia, mas a equipa está mobilizar os recursos necessários para a sua participação, tendo em conta que existem alguns custos com os jogadores.
«O nosso grande problema neste momento é a questão financeira, visto que a única fonte de receitas que temos é o pagamento da quota dos sócios, mas isso é insignificante para suportamos os custos, por exemplo», indicou o responsável, adiantando que mensalmente o clube arrecada oito mil escudos (cerca de 73 euros) para atribuir almoço aos jogadores, mas gastas cinco mil escudos (45,35 euros) semanalmente. «Por isso é muito difícil», indicou.
Segundo o presidente dos Onze Unidos, a Câmara Municipal que vinha apoiando as equipas com o montante anual de 100 mil escudos (906,906 euros) não o fez ano passado e, esta época, até então não atribui o montante, o que na sua opinião «está a contribuir para inviabilizar» o futebol na ilha, bem como a qualidade desejada.
Quando à final da Supertaça, o responsável explicou que a sua equipa perdeu alguns jogadores, mas adiantou que ela está preparada para fazer uma «boa prestação», que passa por vencer o jogo com o Sporting da Praia, embora tenha «muito respeito» pela equipa santiaguense «uma das melhores do país».
No entanto, Kwalter Barbosa disse estar ainda «muito desapontado» com a forma como a sua equipa foi tratada quando venceu a Taça de Cabo Verde, por não ter direito a prémio monetário por parte da FCF, ao contrário do campeão de Cabo Verde, Sporting da Praia, que foi contemplada com uma recompensa financeira.
«Também gostaríamos que estivesse presente na final o presidente da federação ou mesmo o Presidente da República, o que certamente daria mais brilho a festa, mas infelizmente reparamos que existe uma certa desigualdade no tratamento das equipas da dita periferia, por isso ficamos desapontados com o que aconteceu», comentou.
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