O Governo vai criar um novo modelo de gestão das infraestruturas desportivas, que passará pela criação de uma "entidade única" para as gerir, numa lógica de "profunda restruturação" no sector do desporto.
Esta postura foi revelada pelo ministro dos Desportos, Fernando Elísio Freire, durante a sua visita à Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), reiterando que a tutela do seu ministério é meramente da legalidade e de criar um ambiente para que as decisões na execução de políticas desportivas estejam, de facto, sob a alçada das respetivas federações.
Um dos propósitos dessa profunda restruturação no sector do desporto, explica o governante, visa, justamente, criar um ambiente legal para que haja regulação, fiscalização, apoio à formação e ao financiamento.
Elísio Freire disse que existe a máxima abertura do Governo no sentido de reforçar os laços de parceria com as federações, ressalvando que o executivo irá criar um quadro institucional e legal para que todas as federações possam desempenhar, de forma cabal, as suas funções.
Por seu turno, o presidente da FCF, Victor Osório, exortou ao Governo a participação na gestão do Estádio Nacional e a redução dos custos no uso da seleção nesta infraestrutura e a revisão fiscal na importação das relvas sintéticas pelos municípios.
O líder da FCF apelou ao governante a dotar a Federação do reforço institucional, através da figura de destacamento de quadros da administração pública e às associações regionais, de técnicos qualificados de forma a darem respostas “aos grandes desafios e exigências”, estando na linha da frente a realização do campeonato nacional.
“O campeonato nacional é um evento sociológico que mexe com as emoções das pessoas e um produto muito interessante que propicie a mobilidade dos sujeitos, em todo o País com viagens, alojamentos e alimentação e gostava, por isso, que o Governo o apoiasse”, enalteceu Victor Osório, alegando estar confiante de que o novo executivo continue com a “presença financeira no apoio à FCF”.
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