O candidato a presidente da direcção da Federação Cabo-verdiana de Futebol, Mário Avelino, mostrou-se hoje, no Mindelo, “convicto na vitória” no escrutínio do dia 28 para, assim, “mudar o rumo” do futebol cabo-verdiano, “sem lobbies nem corrupção”.

Também conhecido no meio futebolístico por Donnay, o candidato acusou “outras candidaturas” de terem “lobbies e máquinas partidárias atrás” e “com interferências”, lançou, “até de vereadores que indicam aos presidentes de associação” em quem votar, mas não especificou nem nomes nem regiões desportivas onde tal ocorre.

Dirigindo-se particularmente ao candidato Mário Semedo, Donnay considerou que num país “democraticamente civilizado” enquanto aquele candidato estivesse “sob investigação” não deveria candidatar-se ao cargo de presidente da FCF e, por isso, disse estranhar o apoio de São Vicente a Mário Semedo.

“Pelos males que causou ao futebol nunca deveria ser candidato”, lançou Mário Avelino, sustentando que o “caso Tunísia é gravíssimo”, lembrando que o anterior presidente, Victor Osório, “por muito menos” foi destituído do cargo, ao mesmo tempo que confirmou que a Polícia da Judiciária está a investigar a FCF.

“Nós estamos nesta luta pelas nossas convicções, com simplicidade e honestidade”, lançou o candidato, para quem é o “mesmo grupo” que esteve atrás da candidatura de Victor Osório que hoje suporta a candidatura de Mário Semedo.

Mesmo sabendo da decisão dos clubes de São Vicente que subscreveram a candidatura de Mário Semedo, Donnay pediu aos dirigentes mindelenses “o benefício da dúvida”, até porque, sustentou, “os outros estiveram lá 18 anos”.

“Não tenho dúvidas de que vou ganhar as eleições”, concluiu Mário Avelino, ladeado pelos elementos da sua lista Nelson Lopes e Pedro Pires.

Ao candidato ao cargo de vice-presidente Pedro Pires coube apresentar as “linhas mestras” do programa, assente, como disse, num “projecto federador” para o futebol em Cabo Verde, em que todas as regiões desportivas serão tratadas “em pé de igualdade”.

Do plano apresentado, a equipa de Mário Avelino pretende, caso vença o escrutínio do dia 28, “apostar forte” na organização do futebol cabo-verdiano com foco nas infra-estrturas, patrocínios/parcerias, o “reforço da atenção à diáspora”, organização de campeonatos em todos os escalões, mais Taça de Cabo Verde e Inter-ilhas, para além de uma “aposta forte” na formação “a diversos níveis”.

O projecto de Mário Avelino dá espaço ainda à criação de regulamentos “para proteger” escolas e atletas na iniciação desportiva, bolsa atleta da FCF para apoiar crianças em dificuldades nas escolas de iniciação, para além do reforço de verbas às regiões desportivas e a descentralização dos jogos da selecção para outras ilhas.

“Nestas eleições não pode haver luta entre vencedores e vencidos e por isso há que deixar espaço para um abraço no dia seguinte às eleições para se evitar instabilidade no futebol cabo-verdiano”, concluiu o candidato a vice-presidente da direcção da FCF.

As eleições ocorrem no dia 28, na Cidade da Praia.

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