O presidente da Associação Juvenil Amigos de Calheta (AJAC), Amarildo Semedo, disse hoje à Inforpress que a decisão do Conselho de Justiça da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) “vem repor a justiça desportiva”.
Na tarde de quarta-feira, 17, o Conselho de Justiça da FCF deu razão ao recurso interposto pela AJAC, revogando, de todo, a decisão recorrida e confirmando AJAC como clube campeão da região norte de Santiago.
O acórdão da FCF reconhece que o jogador Marco Aurélio Sanches teve três cartões amarelos e que não podia alistar no jogo da 16ª jornada, mas pelo facto do Conselho Jurisdicional da Associação Regional de Futebol de Santiago Norte(CJ-ARFSN) não ter ouviu em audiência o interessado (AJAC) antes de emitir o acórdão, que favoreceu o Benfica de Santa Cruz, deu por anulado todo o processo.
Em reação, o presidente da AJAC, Amarildo Semedo, disse à Inforpress que reagem “positivamente” a este resultado, porque “foi reposta a justiça desportiva”.
Segundo este dirigente, os jogadores estão “ansiosos” para a estreia no nacional, por isso prometem uma participação vitoriosa.
“Vamos ter uma AJAC lutadora e que vai honrar e representar devidamente o interior de Santiago. Com todo empenho e dedicação vamos jogar para conseguir vitória para Santiago Norte. Tentamos inteirar maximamente de todo o processo com a convicção de que íamos ao nacional e os nossos jogadores não pararam de treinar”, disse.
Amarildo Semedo informou que, neste momento, a equipa da direção está a ultimar a documentação para poderem viajar esta sexta-feira para a ilha de São Nicolau, onde vão disputar a segunda jornada do campeonato nacional com a equipa do Ultramarina.
Por sua vez, o treinador do Benfica, Ednilson Ourrico lamentou o facto de terem perdido este processo por causa de um erro cometido pelo Conselho Jurisdicional da Associação Regional de Futebol de Santiago Norte.
“Fizemos o nosso trabalho durante um ano inteiro e agora pagamos por um erro que não cometemos, isto é triste. Uma equipa alinha um jogador castigado e sai beneficiado, isso não existe no futebol”, disse, assegurando que a sua equipa tem tudo para fazer um novo protesto, mas devido às condições financeiras da equipa, vão acabar por sair prejudicados.
Para este treinador, pela forma como o processo decorreu e pelas informações que saíram da FCF antes do conhecimento público do acórdão, isso demonstra que “ainda há muita influência da política no desporto” e, segundo disse, “quando esses dois se unem o futebol perde credibilidade”.
Ednilson Ourrico lamentou ainda o facto de em Santiago Norte o futebol ter “perdido credibilidade”, pois apenas só acontecem “factos negativos” no final do campeonato.
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