O Brasil venceu a Espanha por 3-0 na final da Taça das Confederações, em jogo realizado no Estádio Maracanã. Fred, por duas vezes, e Neymar marcaram os golos dos canarinhos. Sérgio Ramos falhou um penálti. A Espanha não perdia um jogo desde o início do Mundial 2010, quando foi derrotado pela Suíça.
No mais que esperado e apetecido encontro da final, a formação de Luiz Felipe Scolari "secou" por completo as estrelas espanholas e anulou o "tiki-taka" da “Roja”.
Num jogo emocionante do início ao fim, o Brasil entrou praticamente a vencer. Aos dois minutos, Fred aproveitou um ressalto na pequena área espanhola e, mesmo no chão, rematou para o fundo da baliza de Cassilas. Era o seu 15º golo em 29 jogos na seleção.
Um início de sonho que catapultou o Brasil para uma grande exibição. Os comandados de Scolari foram sempre mais agressivos, tanto na defesa como no ataque, recuperando cedo a bola, não dando espaços para que a Espanha desenvolvesse o seu futebol de posse e passes curtos. Depois, em contra-ataque, a “canarinha” mostrava-se venenosa, principalmente por Hulk, Neymar e Óscar.
A Espanha, que chegou a final com menos um dia de descanso e depois de um jogo desgastante e intenso com a Itália nas meias-finais, decidido apenas no desempate por grandes penalidades, mostrava-se sem frescura física para chegar à baliza de Júlio César. Apenas Iniesta parecia querer remar contra a "corrente amarela" no relvado.
Mesmo dominando o encontro, o Brasil também teve a sorte do seu lado. Marcou nos momentos certos, nos períodos que deixam qualquer treinador satisfeito. Se Fred tinha aberto o ativo aos dois minutos, Neymar fez o 2-0 aos 44, num remate forte, de pé esquerdo, já dentro da área, após combinação com Óscar. Foi o 24º golo da nova estrela do Barcelona em 39 jogos pelo Brasil. Antes David Luiz tinha "roubado" o golo a Pedro, tirando em cima da linha um remate do jogador do Barcelona.
Se o início do jogo tinha sido espetacular, que dizer do começo do segundo tempo? Ainda os espanhóis estavam a digerir as indicações de Del Bosque ao intervalo e já sofriam mais um golo. Num contra-ataque canarinho, Hulk fez um passe para a esquerda, Neymar simulou e deixou passar para Fred que atirou de primeira para o poste mais distante de Casillas, fazendo o seu quinto golo na prova, o 16º com as cores da canarinha. Era a loucura nas bancadas do Maracanã.
Se os 3-0 era um castigo pesado para a Espanha, Sérgio Ramos tratou de mostrar que o dia não era da “Roja”. Marcelo derrubou Navas (entrou para o lugar de Mata) na área, mas o defesa central, encarregue de marcar, atirou ao lado da baliza de Júlio César.
O Brasil dominava o encontro e poderia ter feito mais golos. Primeiro foi Hulk a aparecer isolado mas a rematar contra a cabeça de Casillas quando tentava o "chapeu". Depois foi Marcelo atirar às malhas laterais, quando tentava enganar Casillas.
Minutos depois a Espanha ficou reduzido a dez jogadores, por expulsão de Piqué, que derrubou Neymar quando esteve preparava-se para ficar isolado frente a Casillas.
Até ao final, a Espanha nunca desistiu de procurar o golo e só não marcou porque Júlio César esteve em grande na baliza canarinha, negando o golo a Pedro e Villa.
O Brasil vence assim a Taça das Confederações pela quarta vez, depois dos triunfos em 1997 (6-0 à Austrália), 2005 (4-1 à Argentina) e 2009 (3-2 aos Estados Unidos).
Já a Espanha continua sem vencer o único troféu que lhe falta no palmarés, depois de ter vencido o Euro 2008 e Euro 2012 e o Mundial 2010. Aliás os espanhóis não perdiam um encontro oficial desde o início do Mundial da África do Sul, quando foram derrotados pela Suíça por 1-0, golo do suíço-caboverdiano Gelson Fernandes.
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