Os representantes dos seis clubes do Campeonato de Portugal que pretendiam disputar os 'play-offs' de acesso à II Liga abandonaram hoje a reunião na Federação Portuguesa de Futebol (FPF) devido à ausência do presidente, Fernando Gomes.
Fonte ligada ao processo confirmou à Lusa o desfecho deste encontro dos presidentes de Fafe, Lusitânia de Lourosa, Benfica e Castelo Branco e Real Massamá com o diretor-técnico nacional, José Couceiro, o diretor de competições da FPF, Carlos Lucas, e o diretor-geral adjunto do organismo, Luís Sobral.
"Fomos os interlocutores dos clubes durante a época, estávamos e estamos disponíveis para conversar com todos os clubes. Não pode valer tudo, percorremos milhares e milhares de quilómetros e os clubes recusam falar connosco? Não há clubes mais respeitáveis do que outros, com estes ou outros clubes os interlocutores serão sempre os mesmos", disse José Couceiro, em declarações à Lusa.
Os primeiros classificados das séries C e D, Praiense e Olhanense, respetivamente, e os segundos classificados de todas as quatro ‘poules’, casos de Fafe, Lusitânia de Lourosa, Benfica e Castelo Branco e Real Massamá pretendiam manifestar junto ao líder federativo o seu descontentamento com o fim precoce do campeonato que impossibilitou a realização dos ‘play-offs’.
A presença de Fernando Gomes na reunião nunca foi equacionada, até porque o líder federativo não estava hoje na Cidade do Futebol, em Oeiras, onde o responsável pelo Praiense acederia ao encontro por videoconferência.
Em causa está a decisão de a FPF ter indicado Vizela e Arouca, os dois clubes com mais pontos, para a subida à II Liga, na sequência da conclusão precoce da competição, em 08 de abril, depois da suspensão preventiva, por tempo indeterminado, em 12 de março, devido à covid-19.
Nessa altura, após 25 jornadas, o Vizela liderava a Série A, com 60 pontos, e o Arouca era o primeiro da B, com 58, enquanto o Olhanense comandava a D, com 57, e o Praiense liderava a C, com 53.
Fafe, Lusitânia de Lourosa, Benfica e Castelo Branco e Real Massamá seguiam nas posições imediatas, de acesso aos ‘play-offs’ de subida, com 52, 50, 42 e 57 pontos, respetivamente.
Com a declaração de pandemia, em 11 de março, inicialmente alguns eventos desportivos foram disputados sem público, mas, depois, começaram a ser cancelados, adiados - nomeadamente os Jogos Olímpicos Tóquio2020, o Euro2020 e a Copa América - ou suspensos, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais de todas as modalidades.
Esta época, apenas a I Liga e a Taça de Portugal poderão ser retomadas, segundo o plano de desconfinamento do Governo.
A retoma da I Liga de futebol, a partir de 30 e 31 de maio, está sujeita a aprovação pela Direção-Geral da Saúde (DGS) de um plano sanitário, anunciou o primeiro-ministro, António Costa, explicando que os jogos vão realizar-se sem a presença de público nos estádios.
Faltam disputar 90 jogos do principal escalão, que é liderado pelo FC Porto, com um ponto de vantagem sobre o campeão Benfica, assim como a final da Taça de Portugal, que vai opor 'encarnados' a 'azuis e brancos'.
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