A vitória do Leixões frente ao Feirense (3-1), no domingo, foi a sexta em sete jogos em casa, o que representa o melhor registo da II Liga de futebol, mas quando a equipa sai do Estádio do Mar é exatamente o oposto.

O desempenho caseiro impressiona, tanto mais se comparado com as melhores equipas deste escalão a jogar no seu reduto - Oliveirense, Benfica B e Vitória B, por exemplo, somam 17 pontos dentro de portas em 24 possíveis, contra os 19 em 21 possíveis para a formação de Matosinhos, a melhor marca entre todas as equipas da II Liga.

Os "bebés do mar" só por uma vez consentiram uma igualdade em casa nesta competição: frente ao Tondela (1-1), a 27 de agosto.

De resto, somaram os três pontos frente a Benfica B (2-1), Desportivo das Aves (2-1), Trofense (2-1), Académico de Viseu (1-0), Marítimo B (3-0) e Feirense (3-1), no derradeiro fim de semana.

Mesmo nos dois jogos efetuados no Estádio do Mar para a Taça da Liga, a formação de Horácio Gonçalves somou uma vitória e um empate (frente ao Santa Clara e ao Olhanense, respetivamente), o que faz dela uma das poucas equipas dos campeonatos profissionais que ainda não foram derrotadas em casa, nas competições domésticas - as outras são Benfica, Vitória de Guimarães, Sporting de Braga, Sporting e Académica.

Fora de portas, a situação é diametralmente oposta: o Leixões soma seis derrotas e apenas um empate, sendo, a par do Desportivo das Aves, o pior conjunto da II Liga a jogar longe dos seus adeptos.

Confrontado com esta disparidade no final do desafio frente ao Feirense, Horácio Gonçalves admitiu que a explicação passa, em parte, pela juventude da equipa.

"É preciso ter em conta que são miúdos, que acusam falta de experiência em dados momentos. No último jogo, por exemplo [fora, frente à Oliveirense], tínhamos três miúdos no meio-campo que, pouco depois da meia hora, já estavam amarelados e isso condiciona a forma como se mexe na equipa. É um dos casos em que a inexperiência condiciona", justificou o técnico matosinhense.

Ressalvando que o objetivo da formação leixonense passa por "fazer um campeonato tranquilo", apontou, ainda assim, o caso do trio mais recuado da equipa para elucidar sobre a extrema juventude da formação que orienta: "O Chastre [guarda-redes] tem 21 anos, o Pedro Pinto [central] fez 20 há pouco tempo e o Zé Pedro [central] tem 23."

O Leixões segue neste momento no 11.º lugar da tabela, com 20 pontos, mas com um jogo em atraso, relativo à 14.ª jornada, frente ao Sporting B.