O Pinhalnovense não vai comparecer ao encontro com o União de Montemor, do Campeonato de Portugal de futebol, decisão que será o primeiro passo para a possível desclassificação, disse à Lusa o presidente do clube.
“Não há nenhuma solução em vista. Não nos vamos apresentar e será a primeira de duas faltas de comparência consecutivas, ou três alternadas, previstas nos regulamentos” para sancionar um clube com a desclassificação da competição, confirmou o presidente do clube do quarto escalão nacional, António Sousa.
O Pinhalnovense, frisou o dirigente, argumentou que tinha disponíveis “apenas nove jogadores, dois dos quais guarda-redes”, e ainda “dois casos recentes de covid-19”, mas a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) “entendeu dar a estocada final”, apesar de o União de Montemor ter concordado adiar o encontro previsto para domingo, para o dia 26 de fevereiro.
Entretanto, restam hoje apenas oito jogadores com vínculo ao clube, disseram à Lusa fontes do plantel, que acabou por não realizar qualquer treino durante a semana e, perante a recusa da FPF em adiar o jogo, decidiram não comparecer.
Os jogadores e equipa técnica do Pinhalnovense ainda não receberam qualquer salário desde o início da época, após o anterior investidor da SAD, Leonardo Barros, ter abdicado da sua participação a poucos dias do início do Campeonato de Portugal.
"O clube ficou com as ações, mas não as registou", explicou à Lusa António Sousa, na semana passada, pois "não tem capacidade financeira para assumir as dívidas que se diz que existem", pelo que a solução seria passar os títulos diretamente para um futuro investidor.
Apesar da crise que atravessa, o Pinhalnovense segue em quarto lugar da Série F do Campeonato de Portugal, a um ponto do Moncarapachense, a três do Louletano e a quatro do Olhanense, com cinco vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, em 10 encontros disputados.
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