“A direcção está demissionária. Dei o melhor de mim, sem direito ao contraditório. Tive muitos anticorpos dentro do clube. Fui vítima de uma campanha difamatória, apesar de ter lutado pelo clube", revelou Carlos Félix.
A direcção não tem quórum e não resistiu aos muitos ataques pessoais na pessoa do seu presidente.
A solução deste impasse no segundo clube mais representativo da cidade passará pela escolha de outros membros directivos.
Caso falhe esta solução, dentro de dias haverá a constituição de uma Comissão Administrativa até finais de Maio ou a convocação de novas eleições no clube.
Antes disso, os associados do União de Coimbra aprovaram, por maioria, as contas referentes ao período de 01 de Julho de 2008 a 01 de Junho de 2009, apresentadas pelo relatório da direcção do clube.
Em Assembleia-geral, o resultado da votação foi de 23 votos a favor, 2 contra e 4 abstenções.
Foi apresentado o resultado líquido do exercício deste período, que é de 24.698, 27 euros, num total de cerca de 800 mil euros do activo do clube, mas o total do passivo acumulado é de 1.659.784,16 euros, apesar de entre 2003 e 2008 não haver documentos que suportem as contas.
O Relatório relativo ao período de 01 de Julho de 2008 a 01 de Junho de 2009 foi apresentado pela direcção e relata, além das contas, a extinção da equipa sénior no passado mês de Agosto pela primeira vez na sua história, de 90 anos, por falta de pagamento de cerca de 90 mil euros a jogadores e equipa técnica.
O presidente do clube, Carlos Félix, reiterou que existe um protocolo com a Câmara Municipal de Coimbra relativo ao Projecto da Arregaça, com a permuta de terrenos, onde se prevê a instalação de um campo sintético e outras infra-estruturas.
O máximo responsável do União de Coimbra informou ainda que é intenção da sua direcção mandar executar uma auditoria ao clube, bem como a criar uma SAD.
O presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Fernando Regêncio, informou que o presidente do Conselho Fiscal do clube, José Bernardes, foi demitido no passado dia 15 de Setembro através de uma carta registada, porque nunca reuniu, nem funcionou desde o início da sua vigência.
"Nunca esteve presente durante quinze meses e nunca fiscalizou as contas do clube, daí esta decisão", sustentou o dirigente.
Foi ainda exonerado e impossibilitado de concorrer a qualquer cargo do clube durante um período de seis anos.
A mesma decisão foi extensiva aos restantes membros, excepto ao relator Vítor Rodrigues que compareceu, quando foi convocado pelo presidente da AG.
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