Após hoje à tarde ter visto o Sporting da Covilhã garantir a manutenção na Liga de Honra com um golo no último minuto dos descontos, José Mendes remeteu para depois qualquer comentário sobre o rumo que quer dar ao clube, por estar ainda a «digerir» as emoções do encontro.
Pela terceira época consecutiva, os serranos só asseguraram a permanência no último jogo do campeonato. «O Sporting da Covilhã é o último bastião do futebol no interior. Nós fomos cerceados de vitórias, para não dizer roubados. Mas mostrámos que quando foi preciso lutar, foi até ao fim», referiu José Veiga, presidente da Assembleia-Geral.
Tulipa, que orienta a equipa desde Fevereiro e está em fim de contrato, frisou que a hora é de festejar e só depois discutirá o seu futuro.
O técnico atribuiu a responsabilidade da vitória aos jogadores, «por acreditarem que era possível» e ao longo da época «terem tido de se adaptar a várias circunstâncias».
O capitão Nuno Gomes, por seu turno, colocou o acento tónico na capacidade de acreditar: «Uma equipa que não acreditasse em si mesma não era capaz de fazer o que nós fizemos nestes últimos minutos».
O defesa central, que termina o vínculo com o clube, tal como a maioria do plantel, diz que o Sporting da Covilhã precisa de «maior estabilidade, mais apoios e que a cidade se envolva».
O médio Milton, natural da Covilhã, considera ter marcado o golo mais importante da carreira, justificando: «Por ter evitado a descida, ter sido no último minuto e ao serviço do clube da minha terra».
O herói da tarde, que saiu do relvado em roupa interior, após a invasão de campo, ainda desconhece o futuro, mas realça que gostaria de continuar de “leão da serra” ao peito.
Com as emoções ao rubro estava igualmente Paulo Rosa, vereador com o pelouro do Desporto na autarquia covilhanense, que garantiu a continuidade do apoio aos serranos.
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