Carlos Alonso "Caly", antigo capitão da seleção angolana de futebol, disse ser prematuro falar já do afastamento dos Palancas Negras da fase final do Campeonato Africano das Nações (CAN2015), quando faltam ainda seis pontos em disputa, em duas jornadas.
Em declarações à Angop, o defesa, que atua pela formação do Clube Desportivo 1.º de Agosto e que no final desta temporada futebolística termina a sua carreira como atleta, indicou que o momento é de muita paciência e crença, já que com a vitória de 4-0 conseguida esta quarta-feira diante do Lesotho, abre boas perspetivas para os Palancas Negras atingirem os seus objetivos.
“Vamos acreditar que ainda podemos atingir a fase final, apesar de termos que depender de terceiros. O jogo entre Burkina Faso e Gabão terminou empatado e é bom para nós. Não podemos pensar que o Lesotho é um adversário acessível e que pode perder em qualquer campo. No desporto não há vencedores antecipados. Vamos lutar até às últimas consequências”, enfatizou.
Cali referiu, entretanto que, caso os Palancas Negras, com presença frequente nas fases finais, falhem o CAN2015, os angolanos deverão saber gerir esta situação e refletir.
“Não será milagre se não formos ao Marrocos, porque depois das nossas duas primeiras presenças em 1996, na África do Sul e no Burkina Faso’98, tivemos três edições fora das fases finais, em 2000, 2002 e 2004. O que teremos de fazer é reorganizarmos, reestruturarmos e aparecermos depois com outra mentalidade”, disse.
A seleção angolana recebe a 15 de novembro, em Luanda, a similar do Gabão, para a quinta jornada e desloca-se ao reduto do Burkina Faso, para o encerramento da campanha a 19 do mesmo mês, em Ouagadougou.
Na classificação, o Gabão lidera o grupo C com oito pontos, mais um que o Burkina Faso, com quem empatou (1-1) na quarta ronda. Angola vem a seguir (4) e Lesotho último (2).
Serão apurados para a fase final os dois primeiros classificados de cada grupo e ainda o melhor terceiro classificado de todos os grupos.
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