A seleção angolana de futebol, pelo seu histórico, deve no mínimo chegar aos quartos de final do CAN2013 na África do Sul, senão a sua participação será considerada um fracasso, afirmou hoje, domingo, o presidente da Federarão Angolana de Futebol (FAF), Pedro Neto.

Em entrevista ao programa “A Grande Entrevista” da Rádio 5, o líder federativo justificou-se com o facto de nas edições do Gana2008 e Angola2010 os "Palancas negras" terem atingido os quartos de final, sendo por isso legítimo que desta vez se tenha como meta o mesmo ou melhor.

“Para nós a grande meta será transitar para a outra fase e depois, com as armas que tivermos em mãos, irmos ao jogo já de outra natureza e a eliminar, onde tudo pode acontecer”, frisou.

Pedro Neto, que a dado momento da abordagem confirmou a disponibilidade financeira para fazer face aos encargos inerentes aos salários da equipa técnica, jogadores e prémios de jogos, referiu não ser bom que Angola tenha calhado no grupo do país anfitrião.

Referiu que por razões até económicas não é bom que a seleção do país organizador seja eliminada na primeira fase por causa da assistência nos estádios e da mobilização da própria sociedade, admitindo a hipótese da existência de algum proteccionismo por este motivo.

“A África do Sul deve ter-se preparado convenientemente sob todos os pontos de vista para chegar até a final. A primeira vez que organizou (1996) venceu, o que quer dizer que desta vez também devem ter criado condições objectivas e subjectivas para que se cumpra o seu desiderato”, sublinhou.

Ainda assim, o presidente da FAF lembrou que no desporto e particularmente no futebol existem surpresas, acrescentando que o jogo inaugural dia 19 com o Marrocos vai ser determinante para o percurso de Angola na primeira fase do evento.

“Se vencermos Marrocos estaremos no bom caminho que quase poderíamos dizer que estamos com o pé lá dentro”, disse, referir-se à quase qualificação aos quartos de final.

Os "Palancas negras" estão no grupo A com a África do Sul, Marrocos e Cabo Verde.