O incidente que vitimou na segunda-feira oito pessoas antes do Camarões-Comoros da Taça das Nações Africanas (CAN) de futebol deveu-se à abertura “imprudente” de um portão do estádio, revelou hoje o governo camaronês.

O portão da entrada sul do estádio, palco da tragédia, "foi temporariamente fechado pela polícia (...) diante da forte afluência de espetadores (...), enquanto outras entradas do estádio continuavam operacionais”, começou por explicar o ministro do desporto.

Narcisse Kombi esclareceu que, “perante a pressão exercida sobre estes portões, e esmagados por uma 'maré' humana, os elementos de segurança de serviço procederam de forma imprudente ao abrir a entrada sul, provocando uma grande confusão".

As pessoas acorreram para essa brecha, atropelando dezenas de outras, o que resultou na morte de oito pessoas, incluindo uma criança e duas mulheres.

Tudo ocorreu no estádio Olembe, em Yaoundé, que acolheu a vitória dos Camarões, treinados pelo português António Conceição, sobre Comoros (2-1), nos oitavos de final.

O governante reconheceu que o número de elementos das forças de segurança era “insuficiente”, mas repartiu as culpas com os portadores de bilhetes falsos e outros usados, bem como com os adeptos que tentaram entrar sem ingresso.

Face à tragédia, da qual resultaram ainda 38 feridos, o presidente da Confederação Africana de Futebol (CAN), Patrice Motsepe, anunciou a passagem dos quartos de final marcados para domingo no estádio Olembé para o segundo estádio da capital, o Ahmadou Ahidjo.

O dirigente disse que a CAF não permitirá mais desafios no recinto do incidente se não receber um relatório da investigação ao incidente.

“Se essa porta tivesse sido aberta como deveria, não teríamos o problema que temos agora, essas perdas de vidas. Quem fechou essa porta? Quem é o responsável por essa porta?”, questionou Motsepe, no dia seguinte.

O ministro do desporto assegurou que esta noite foi entregue à CAF um relatório “que ainda não foi tornado público”, acrescentando que a prioridade do governo é reabrir o estádio Olembé o quanto antes, tendo, para isso, tomado várias medidas para que este tipo de tragédia não se repita.

Destacou, nesse sentido, a criação de um maior número de entradas, o destacamento de mais polícia, a instalação de pontos de triagem acrescidos, um acesso em ziguezague às filas que levam aos portões e a proibição de entrada a menores de 11 anos.

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