O anfitrião Brasil parte como principal favorito à conquista da 46.ª edição da Copa América em futebol, que arranca esta sexta-feira e fecha em 07 de julho, mesmo desfalcado da ‘superestrela’ Neymar.
O jogador do Paris Saint-Germain lesionou-se num jogo de preparação e é baixa importante na formação ‘canarinha’, que tem do seu lado o peso da história, segundo a qual venceu sempre que jogou a competição em casa (1919, 1922, 1949 e 1989).
A margem de favoritismo dos brasileiros, que não têm grandes recordações da última grande prova que organizaram, o Mundial de 2014, é reduzida, face à concorrência do Uruguai, da Argentina, de Lionel Messi, do bicampeão em título Chile ou da Colômbia, liderada pelo português Carlos Queiroz.
Ainda assim, e com o ‘fator casa’ do seu lado, o conjunto comandado por Tite parte na ‘pole’ para um primeiro triunfo desde 2007 (3-0 à Argentina, na final) e nono na prova, numa edição com VAR e as novas alterações às regras, como paragens que podem ir até três minutos e barreiras sem adversários.
Alisson, Dani Alves, Filipe Luís, Miranda, Thiago Silva, Marquinhos, Fernandinho, Arthur, Casemiro, Philippe Coutinho, Roberto Firmino e Gabriel Jesus, entre outros, como o portista Diego Militão, garantem qualidade e experiência.
Numa prova que conta com os convidados Japão e Qatar, que se juntam às 10 seleções sul-americanas, são vários os candidatos a estragar a festa dos brasileiros, nomeadamente o Uruguai, recordista de títulos, com 15.
Vencedor pela última vez em 2011, na Argentina, a formação do ‘eterno’ Óscar Tabárez continua a assentar numa geração de ‘monstros sagrados’, como Luís Suárez, Edinson Cavani, Diego Godín ou Fernando Muslera, num conjunto ainda com o ‘leão’ Sebastián Coates, mas já sem o portista Maxi Pereira.
Com 14 cetros, o último em 1993, a Argentina, de Lionel Scaloni, também entra no lote dos candidatos, sobretudo pela presença de Lionel Messi, que já perdeu três finais, as duas últimas (2015 e 2016) face ao Chile, nos penáltis.
O jogador do FC Barcelona tem a companhia de outros históricos, como Ángel Di María, Sergio Agüero ou Nicolás Otamendi, numa Argentina em renovação, sendo que seis dos titulares do último jogo do Mundial2018 ficaram de fora.
Entre os eleitos, estão, entre outros, também o ‘leão’ Marcus Acuña e Renzo Saravia, já confirmado oficialmente como reforço do FC Porto para 2019/20.
Bicampeão em título, o Chile, de Reinado Rueda, vem apoiado em muitos consagrados, como Arturo Vidal ou Alexis Sánchez, num grupo onde falta o guarda-redes Cláudio Bravo, determinante em 2015 e 2016.
A Colômbia, de Carlos Queiroz, que só foi campeã uma vez, em casa (2001), volta a ser liderada pelos ex-portistas Radamel Falcao e James Rodríguez, num elenco do qual também consta o ‘leão’ Cristian Borja.
As restantes formações tentarão passar a fase de grupos, casos do Peru, de Paolo Guerrero, do Paraguai, de Óscar Cardozo, ou do Equador, com a Venezuela, de Osório (Vitória de Guimarães) e Murillo (Tondela), a Bolívia, o Japão e o Qatar, de Pedro Correia, a apostarem na surpresa.
A edição 46 da Copa América realiza-se em cinco cidades do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, com dois estádios, Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador), com as 12 seleções divididas numa primeira fase em três grupos de quatro.
Os dois primeiros classificados de cada e os dois melhores terceiros seguem para o ‘mata mata’ (quartos de final, meias-finais e final), numa prova que arranca na sexta-feira, com o Brasil a defrontar a Bolívia, e fecha em 07 de julho.
*Artigo publicado originalmente no dia 12 de junho
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