Pareceu um momento de comédia negra, mas não o é. O adiamento e a suspensão da final da Libertadores - com os incidentes ocorridos no sábado com o ataque ao autocarro do Boca - partiu o coração a muitos argentinos e a muitos adeptos do desporto rei espalhados pelo mundo inteiro.
Foram muitos os adeptos que demonstraram a sua indignação, mas as linhas de um apoiante do River em particular - A carta aberta de Gabriel Hugo Lanza - comoveu a internet, num grito de revolta que culminou num voltar de costas em definitivo para os relvados.
Hugo Lanza apelidou o texto de "A grande final, a crónica de um morte anunciada" onde explica porque é que nunca mais vai pisar uma bancada de um estádio de futebol.
"Estou a rir-me. Não doí mais. Não posso mais. Este país é uma merda. Estes políticos são uma merda. Este fanatismo é uma merda. Senhores, ganharam os violentos. O futebol está podre. E eu digo isso com toda a dor na alma. Hoje foi o último dia que fui a um estádio de futebol. Cansei-me, cansaram-me, fartei-me", começou por escrever.
"Mataram-me. Sou um morto que não irá mais a um estádio, que não vai pagar mais uma quota. Não só decido que nunca mais irei a um estádio neste país de terceira governado por ineptos, corruptos e violentos. Fizeram os meus filhos chorar e isso não se perdoa", sentenciou.
Veja a carta na íntegra
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No sábado, na data inicial prevista para a segunda mão, o autocarro que transportava a comitiva do Boca Juniors foi atacado à chegada ao estádio Monumental, do River Plate, resultando em ferimentos em alguns jogadores.
Os adeptos lançaram pedras e gás pimenta, e os futebolistas Pablo Pérez e Gonzalo Lamardo tiveram que ser assistidos no hospital.
O Boca Juniors, que empatou na primeira mão, na ‘La Bombonera’, a 2-2, pretende que o River seja punido pelo ataque e que se aplique o artigo 18 do regulamento disciplinar, que prevê várias penalizações, entre as quais a desqualificação.
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