O adepto do clube argentino Boca Juniors captado nas câmaras de vigilância a lançar gás pimenta aos jogadores do River Plate no jogo da segunda mão dos oitavos de final da Taça Libertadores de futebol afirmou-se hoje arrependido.
Numa mensagem de voz divulgada hoje, Adrián ‘Panadero’ Napolitano disse não ter antecipado que a sua ação “chegasse a tanto”.
“Fi-lo sem me dar conta (...) há 25 anos que vou ao futebol. Todos me conhecem, sabem como sou. Um trabalhador que acorda todos os dias às quatro da manhã e que nunca esteve numa esquadra de polícia. Estou desesperado”, disse.
O jogo de quinta-feira entre o Boca Juniors e o River Plate foi suspenso depois de os jogadores do River terem sido atingidos com gás pimenta.
No reatamento do encontro, que tinha chegado ao intervalo empatado 0-0, os jogadores do River Plate, equipa visitante, foram agredidos por adeptos do Boca Juniores quando regressavam ao relvado, obrigando à suspensão do jogo.
No estádio La Bombonera, com mais de 60.000 espetadores, o árbitro do ‘clássico’, o também argentino Dario Herrera, foi forçado a ordenar o regresso aos balneários depois de mais de uma hora de desacatos.
Ramiro Funes Mori, irmão do ainda jogador do Benfica Rogelio Funes Mori (emprestado aos turcos do Eskisehirspor), foi um dos jogadores mais atingidos pelo gás pimenta lançado das bancadas, tendo de ser conduzido por colegas para o balneário.
Em consequência dos incidentes, a Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol) decidiu eliminar o Boca Juniors da atual edição da Taça dos Libertadores e qualificar o River Plate.
Na primeira mão, no El Monumental, o River Plate venceu o Boca Juniors por 1-0.
A Conmebol multou ainda o Boca Juniors em 200 mil dólares (cerca de 180 mil euros).
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