Os sindicatos holandeses de futebolistas, VVCS e Propof, anunciaram hoje um “acordo histórico” com a tutela do futebol profissional para um corte nos salários dos jogadores até 01 de janeiro de 2021, que pode chegar aos 20%.
Na recomendação acordada, a redução seria aplicada de forma progressiva, de 2,5% para salários a partir dos 25.000 euros brutos anuais, e que poderia chegar aos 20% nos rendimentos mais elevados.
A esta posição uniu-se a associação de treinadores (CVB), profissionais que também podem vir a ser abrangidos pelos cortes, o que pouparia aos clubes holandeses uma verba na ordem dos 35 milhões de euros.
A iniciativa tenta ‘trazer’ alguma sustentabilidade ao futebol profissional, com os clubes mais pequenos em sérias dificuldades depois de a Liga, suspensa desde meados de março, ter sido em abril oficialmente cancelada, devido à pandemia de COVID-19.
“Vimos que em muitos países existiram ajustes salariais muito significativos aos jogadores. Em alguns casos, foram decisões unilaterais de clubes ou governo, com uma forte pressão social. Nos Países Baixos, conseguimos evitar isso”, justificou o presidente do VVCS, Evgeniy Levchenko.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 263 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Os Países Baixos registaram até hoje mais de 40.000 casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus, e mais de 5.000 mortes.
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