Depois da exibição sofrível na Eslováquia, Portugal alcançou hoje a maior vitória da sua história, ao golear o Luxemburgo por uns impressionantes 9-0, e pode garantir o bilhete para o Europeu já em outubro. Gonçalo Ramos, Gonçalo Inácio e Diogo Jota bisaram, Bruno Fernandes viu a sua exibição recompensada com um golo (fez ainda três assistências), e Ricardo Horta e João Félix marcaram após terem começado no banco. A este festival de golos, junta-se um futebol fluido e com soluções interessantes.
Num grupo que qualifica os dois primeiros, a Seleção portuguesa soma agora 18 pontos, contra 13 da Eslováquia (3-0 ao Liechtenstein) e 10 do Luxemburgo.
Sem Cristiano Ronaldo, castigado, coube a Gonçalo Ramos liderar o ataque de Portugal (Nélson Semedo, Gonçalo Inácio, Danilo e Diogo Jota também foram novidades), com Roberto Martínez a regressar ao esquema de três centrais.
Portugal entrou a pressionar alto a saída do Luxemburgo, dando a entender que o golo não tardaria a aparecer. Surgiu aos 12 minutos, num excelente cabeceamento de Gonçalo Inácio (estreia a marcar pela Seleção), após cruzamento de trivela de Bruno Fernandes.
Pouco depois, aproveitando uma desatenção da defesa luxemburguesa, Bruno Fernandes recuperou a bola em zona avançada e entregou para Bernardo Silva que serviu Gonçalo Ramos; com espaço, o avançado do PSG rodou e rematou para o 2-0 – não marcava pela Seleção desde os oitavos de final do Mundial frente à Suíça.
Já depois de uma tentativa acrobática de Diogo Jota, por cima, Portugal chegou ao 3-0 novamente por Gonçalo Ramos (34’). Grande arrancada de Rafael Leão pela esquerda, a cruzar para Ramos que, com classe, tirou um adversário do caminho para depois rematar para o fundo das redes.
A equipa das quinas não desacelerou e ainda viu Jota atirar à trave antes de Gonçalo Inácio bisar, numa fotocópia do primeiro golo: cruzamento de Bruno Fernandes para o desvio de cabeça de Inácio, sozinho na área, mesmo a fechar a primeira parte – sem dúvida, os melhores 45 minutos da era Roberto Martínez.
O ritmo baixou após o intervalo, mas Bruno Fernandes continuava endiabrado e aos 59', com um passe longo a rasgar, o médio do Manchester United isolou Diogo Jota que, depois de várias tentativas na primeira parte, desta vez não desperdiçou na cara do guarda-redes.
Uma hora depois do apito inicial, o Luxemburgo conseguiu o primeiro remate à baliza, num contra-ataque rápido em que Leandro Barreiro obrigou Diogo Costa a defesa apertada. Um dado que serve apenas para reforçar o jogo de sentido único de Portugal, que fez o 6-0 momentos depois, num belo remate de primeira do recém-entrado Ricardo Horta (67').
A assistência foi de Diogo Jota, que também chegou ao 'bis' aproveitando um ressalto na área do Luxemburgo. Ainda antes dos 90, Bruno Fernandes (já merecia) também colocou o seu nome na lista de marcadores, um golo que levou o selecionador do Luxemburgo a recolher mais cedo aos balneários, e João Félix, num remate fantástico de fora da área, deu contornos históricos à goleada lusa: 9-0!
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