O selecionador português de sub-17 reiterou na quinta-feira que a equipa tem qualidade para discutir finais, apesar da derrota na final do Europeu de futebol da categoria pela Itália (3-0), admitindo momentos que “não correram tão bem”.

“Achamos que temos qualidade para discutir finais – e temo-la –, mas também preparamos estes jogadores desde os sub-15 e gostamos de jogar contra estas seleções. Neste tipo de jogos, há momentos que lhes correm bem e outros que não correm tão bem. Ganhámos 2-1 à Espanha e, se calhar, quando voltarmos a encontrar-nos o resultado vai ser diferente”, analisou João Santos, à chegada da equipa ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Feliz pelo desempenho individual e pela valorização do coletivo, Rodrigo Mora realçou o incentivo recebido pelo público português, que acorreu com algumas dezenas de apoiantes à chegada da comitiva nacional, pouco antes das 23:00 de quinta-feira.

“Queríamos trazer o ‘caneco’, não foi possível. Os adeptos receberam-nos muito bem, fomos ovacionados. Claro que se tivéssemos sido campeões era melhor, mas estamos muito agradecidos pelo apoio”, transmitiu o jovem português, melhor marcador da fase final do Euro sub-17, com cinco golos apontados.

Por sua via, o guarda-redes Diogo Ferreira lamentou a entrada em falso na final da prova, frente à Itália, que condicionou as hipóteses de sucesso de Portugal pela conquista do título europeu.

“Claro que sim, e temos isso em mente. O golo sofrido muito cedo foi algo que acabou por fazer o jogo como este foi, mas penso que ainda assim foi um bom jogo e estivemos bem em alguns momentos”, destacou, registando que esta presença numa final de um campeonato da Europa constitui um interessante marco inicial nas suas carreiras.

Por fim, Eduardo Felicíssimo encontrou na participação de Portugal no Euro sub-17, finalizada com o estatuto de finalista vencido, um importante momento de aprendizagem e visibilidade para os atletas participantes.

“Acabámos por desfrutar do momento, aprendemos muito. O Europeu é sempre um palco em que todo os jogadores querem estar e muitos clubes europeus veem estes jogos”, constatou o médio, um dos elementos em foco na equipa portuguesa na competição.

A seleção portuguesa de sub-17 perdeu esta quarta-feira a final do Campeonato da Europa da categoria, tendo sido derrotada pela Itália por 3-0, em jogo disputado em Limassol, no Chipre.

A Itália, que se sagrou pela segunda vez campeã europeia, depois de ter vencido a primeira edição (1982), ainda como sub-16 - a prova passou a sub-17 a partir de 2001 -, chegou ao intervalo a vencer já por 2-0, com golos de Federico Coletta, aos sete minutos, e Francesco Camarda, aos 16, jogador que 'bisou' no arranque da segunda parte, aos 50.

Portugal falhou assim a oportunidade de assegurar o sétimo troféu, depois das conquistas de 2016 e 2003, estes já em sub-17, e 2000, 1996, 1995 e 1989, como sub-16.