O futebolista Diogo Dalot atribuiu hoje a caminhada vitoriosa da seleção portuguesa de sub-21 no Campeonato da Europa da categoria à atitude competitiva dentro e fora do relvado, visando uma vaga na ronda eliminatória.

“Tem a ver com o que fazemos todos os dias nos treinos e o comportamento que temos ao encarar esta competição como deve ser encarada. São características da nossa seleção e dos nossos jogadores. Temos feito o nosso trabalho tal como nos compete e queremos terminar da melhor maneira”, frisou o defesa, em entrevista à agência Lusa.

Líderes isolados do Grupo D, com seis pontos, graças aos triunfos sobre Croácia (1-0) e Inglaterra (2-0), os lusos defrontam a Suíça na quarta-feira, às 18:00 locais (17:00 em Lisboa), no Estádio Stozice, em Ljubljana, com arbitragem do sueco Glenn Nyberg.

“Será um jogo à imagem daquilo que foram estes dois primeiros jogos: difícil e contra uma seleção forte, que também na luta pelo apuramento. Vamos encará-lo da mesma maneira que estes dois jogos, para vencer com a máxima atitude e concentração. Só assim conseguiremos repetir aquilo que fizemos nestes dois jogos”, apelou Diogo Dalot.

Um empate garante a vitória na ‘poule’ e a entrada na próxima fase, que também poderá ser confirmada com uma derrota por um golo frente aos helvéticos, exceto 1-0 ou 2-1, ou se a Croácia não derrotar a Inglaterra à mesma hora, em Koper, também na Eslovénia.

“Relaxamento? Não, até porque não está garantido e, mesmo que estivesse, não aceitaríamos esse tipo de comportamento. Não será, de todo, a imagem que queremos passar e iremos mostrar. Somos candidatos a vencer o próximo jogo e a Suíça é o único foco. Não adianta estar a pensar mais à frente porque ainda não estamos lá”, vincou.

Do triunfo de domingo sobre aos ingleses, com golos de Dany Mota e de Francisco Trincão, de grande penalidade, na segunda parte, Diogo Dalot ficou convencido de que Portugal “cresceu não só em relação ao primeiro jogo, mas durante esse encontro”.

“Fizemos uma segunda parte quase perfeita face àquilo que era a nossa intenção para o jogo. Conseguimos também melhorar nos aspetos que deveríamos ter melhorado em relação à primeira parte e consolidá-los com os dois golos que fizemos foi perfeito”, valorizou o defesa, titular no lado esquerdo da defesa nas duas primeiras jornadas.

Convicto de que o rendimento individual “é o mesmo” em qualquer ala, Diogo Dalot diz que “o jogador português tem demonstrado ter muita qualidade” na primeira fase do Europeu de sub-21, seja “dentro de campo ou na forma como se prepara para o jogo”.

“Expor o nosso futebol e termos autoconfiança tem sido fundamental. Somos uma equipa que gosta de estar preparada para todas as adversidades que se encontrem no campo. Depois, temos qualidade para ter bola e defender quando assim o temos de o fazer. É um acumular de situações que queremos vir aperfeiçoando para vencer mais jogos”, notou.

O lateral dos italianos do AC Milan sagrou-se campeão europeu de sub-17, em 2016, e explica que a expectativa acentuada pelo título de sub-19, em 2018, “gere-se com motivação e só tem de dar um pouco mais de responsabilidade” no torneio de sub-21.

“Para muitos de nós é o último momento de seleção antes dos ‘AA’. Temos uma grande oportunidade para demonstrar o nosso valor e aproveitar ao máximo enquanto cá estamos, porque é algo único e há muitos jogadores que gostariam de estar na nossa posição. A conquista do título? Sem dúvida, seria algo fantástico, mas não é algo que nos consuma a cabeça todos os dias, porque ainda não é altura de pensar nisso”, observou.

Diogo Dalot, de 22 anos, enaltece a “ligação criada durante anos” nas seleções jovens e espera que os pupilos de Rui Jorge possam prossegui-la junto da equipa de Fernando Santos, concretizando o objetivo de “servir o país e a camisola da seleção nacional”.

“Estamos a complicar cada vez mais a vida a treinadores e clubes, mas isso é um ótimo sinal e significa que o jogador português vai tendo um papel importantíssimo no futebol nacional e internacional. Ver grandes jogadores a sair do país para os grandes palcos é o que nos dá mais motivo de orgulho e espero que também dê a todos os portugueses. Desejo que no futuro próximo possamos ter bastantes mais casos de sucesso”, concluiu.

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