Portugal somou a quarta vitória em outros tantos jogos no apuramento para o Euro de 2025 em sub-21. Os jovens lusos venceram a Grécia por 2-0 no D. Afonso Henriques, em jogo da 4.ª jornada do Grupo G. Francisco Conceição e Rodrigo Gomes fizeram os golos, na noite chuvosa de Guimarães.

A seleção sub-21 de Portugal lidera o seu grupo com 12 pontos, a Croácia tem sete (menos um jogo), os mesmos das ilhas Faroé. A Grécia tem cinco, Andorra e Bielorrússia têm três cada.

As melhores imagens do jogo

No D. Afonso Henriques, os sub-21 de Portugal procuravam manter a invencibilidade nesta qualificação para o Euro2025 da categoria, e segurar também a liderança do Grupo G. Pela frente a Grécia, vista como um dos principais rivais de Portugal neste grupo, a par da Croácia, mas que tem desiludido.

Rui Jorge mexeu apenas em três peças em relação ao onze que entrou em campo na goleada à Bielorrússia por 6-1 no Estádio Capital do Móvel. Vasco Sousa e Carlos Borges ocuparam os lugares de Dário Essugo e Henrique Araújo.

Com o selecionador da equipa A, Roberto Martinez nas bancadas do D. Afonso Henriques (acompanhado dos assistentes Jesus Seba e Richard Evans), os comandados de Rui Jorge entraram fortes, com Fábio Silva a deixar o primeiro aviso, aos quatro minutos: centro de Vasco Sousa e cabeceamento do avançado contra as costas de um adversário, antes de Tzolakis agarrar a bola.

Portugal dominava, tinha mais bola, pressionava e não dava espaço para os gregos saírem para o ataque. Mas a forte chuva que caía no relvado era um obstáculo na circulação da bola. Umas vezes prendia, outras andava rápido demais. Isso viu-se aos 18 minutos quando um passe de Renato Veiga para o guardião Samuel Soares ficou preso na água. O guardião afastou mal a bola, Vasco Sousa teve de fazer falta para evitar males maiores. Na sequência do livre, Samuel Soares teve de mostrar reflexos para travar o remate de Koutsias.

Mas aos 26 minutos, tudo foi calibrado na medida certa. Carlos Borges fletiu da direita para o meio, passou por três adversários, deixou em João Marques que abriu em Francisco Conceição. O extremo respeitou a subida do lateral e colocou a bola na medida certa para um pontapé certeiro de Rodrigo Gomes. Grande golo!

Ao contrário do último jogo, em que Francisco Conceição era o único extremo em campo e havia dois avançados-centro, desta vez Portugal atacava com dois extremos puros, de muita criatividade, e dois laterais com propensão ofensiva.

Na direita, Francisco Conceição continuava a fazer magia, com fantásticas jogadas, sempre com a bola colada naquele pé esquerdo. Faltava acertar na decisão final.

Ao intervalo, Rui Jorge lançou Leonardo Buta e Tiago Morais nos lugares de Carlos Borges e Rafael Rodrigues, mudando toda a direita de Portugal

No segundo tempo, Chico Conceição, hoje com a braçadeira de capitão, atirou à trave aos 50 minutos.

Mateus Fernandes e Tiago Tomás primeiro, e Henrique Araújo depois, substituíram Fábio Silva, João Marques e Chico Conceição, para dar mais frescura a equipa, num jogo realizado num terreno difícil.

Assim que entrou, Tiago Tomás teve o 2-0 nos pés, aos 69, mas permitiu a defesa de Tzolakis, que defendeu para canto. Antes, Tiago Morais tinha ameaçado em dois remates que saíram pouco ao lado. Aos 70, nova oportunidade, agora de Chico Conceição, a atirar por cima na pequena área um centro de Tiago Morais. Mais uma oportunidade perdida.

De tanto ameaçar que o segundo golo surgiu aos 74 minutos. Kostis derrubou Rodrigo Gomes na área, o árbitro marcou penálti que Francisco Conceição converteu com êxito, antes de dar o seu lugar a Henrique Araújo. Nas bancadas, o pai Sérgio Conceição e a mão do extremo devem ter gostado da exibição do filho.

Apesar de Portugal ter dominado, viu-se uma Grécia melhor no segundo tempo, com algumas incursões perigosas. Aos 81 minutos, meteu mesmo a bola no fundo das redes, por Kosidis, mas havia fora-de-jogo.

Portugal somou a quarta vitória em outros tantos jogos e lidera este grupo. O próximo jogo é frente a esta mesma seleção grega, fora de portas.

Uma nota que nos remete para o início da partida. Antes do apito inicial, respeitou-se um minuto de silêncio em memória dos adeptos suecos mortos no atentado de ontem à noite, em Bruxelas, na Bélgica, no intervalo do jogo com a Suécia. Foi um momento difícil para a equipa de arbitragem, liderada pelo sueco Kristoffer Karlsson.