A seleção portuguesa de sub-21 em futebol estreou-se hoje com uma vitória no grupo 8 de apuramento para o Europeu de 2019 da categoria, ao vencer, em Chaves, o País de Gales por 2-0.

Dois golos na primeira parte, apontados por Ruben Neves, aos 25 minutos, na conversão de uma grande penalidade, e por Gonçalo Guedes, aos 41, foram suficientes para o triunfo da equipa lusa.

Com esta vitória, Portugal ocupa o quinto posto com três pontos, mas tem apenas um jogo disputado, enquanto a Roménia, que empatou hoje 1-1 na receção à Suíça, comanda com sete pontos, em três jogos.

No final do jogo contra o País de Gales, o selecionador nacional de Portugal dos sub-21 destacou o forte apoio dos adeptos portugueses e a conquista dos três pontos numa partida bem disputada na primeira parte.

"Estava à espera de uma demonstração da nossa qualidade, e conseguimos fazer isso durante a primeira parte. Os muitos adeptos que cá vieram, e aproveito desde já para dizer que é gratificante para os jogadores sentirem o estádio cheio e este apoio, puderam desfrutar da qualidade dos nossos jogadores. A segunda parte já não foi igual, fomos muito pouco seguros com bola, perdemos muitas bolas, e temos de ser mais adultos, pois estamos a jogar num outro patamar", disse Rui Jorge no final do jogo, citado pelo portal Maisfutebol.

"Os jogadores demonstraram qualidade na primeira parte, mas este nível exige consistência. Não é que tenhamos sentido o resultado em perigo, mas depois do 2-0 não tivemos o domínio do jogo, talvez por não termos criado perigo nos primeiros minutos da segunda parte. Isso é algo que não pode mexer com o nosso jogo, e acho que mexeu, falhámos muito passes, apesar de termos jogadores com enorme qualidade técnica, e na segunda parte não conseguimos demonstrar isso", acrescentou o técnico de Portugal.

"A nossa insegurança permitiu que o adversário subisse linhas. A nossa segurança na primeira parte obrigava a baixar linhas defensivas, pois conseguíamos colocar os jogadores de frente para os lances e por a bola nas costas do adversário. Na segunda parte nunca tivemos essas condições, de colocar bolas nas costas e isso deu confiança à equipa adversária. Se tivéssemos conseguido os tais passes e segurança na construção, conseguiríamos criar algum perigo. Eles foram crescendo e tivemos alguma dificuldade", frisou Rui Jorge.

"O jogador português é isto, tem qualidade, e fico um pouco triste porque durante a segunda parte não desfilou a qualidade deles. São jogadores virtuosos, em que naturalmente a bola não lhes é estranha, que dominam na perfeição, e gostaria muito que tivessem demonstrado isso na segunda parte", disse Rui Jorge sobre a qualidade que tem ao seu dispor.

"São novas gerações, começou agora para grande parte a qualificação, e avaliamos apenas Gales e a Suíça. Debruçámo-nos mais sobre Gales, e teremos tempo de nos debruçarmos sobre a Suíça. Cada coisa a seu tempo. Mas o sítio para onde queremos ir, a qualidade é muito superior. Teremos que crescer e ser bem mais fortes para chegar lá. Temos essa capacidade e teremos que a colocar em campo", sentenciou Rui Jorge sobre os adversários do grupo de Portugal.