Nasceu na Madeira e deu os primeiros pontapés de forma federada no modesto Andorinha, clube no qual o pai trabalhava como roupeiro. Dois anos bastaram para que desse o salto para o Nacional, um dos três grandes da ilha, e dali, após dois anos nos alvinegros, voou para o Sporting.
Chegou a Lisboa com apenas 12 anos e as dificuldades iniciais foram superadas por uma incomparável vontade de vencer, já manifestada em tão tenra idade. Jogou sempre no escalão etário acima e, desde sempre, previa-se um futuro brilhante ao craque madeirense.
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Contudo, aos 15 anos, foi-lhe detetada uma arritmia no coração que o obrigou a ser submetido a uma operação. Havia o risco de ter de abandonar o futebol, mas, felizmente, pouco tempo depois, Cristiano Ronaldo estava de volta aos relvados.
Em agosto de 2002, com 17 anos, seis meses e nove dias, estreou-se pela equipa principal do Sporting, numa partida de qualificação para a Liga dos Campeões, frente ao Inter. O técnico Laszlo Bölöni lançou-o aos 58 minutos para o lugar de Toñito e, desde então, não mais parou de fazer história.
No início da época seguinte, no jogo de inauguração do novo Estádio de Alvalade, destroçou a defesa do Manchester United e o técnico Alex Ferguson já não quis regressar a Inglaterra sem o jovem prodígio. Foi uma fase de sonho para Cristiano Ronaldo que, apenas duas semanas depois, estreava-se também pela seleção A frente ao Cazaquistão.
Após seis épocas no Manchester United, nove no Real Madrid e três na Juventus, largas centenas de golos e dezenas de títulos individuais e coletivos, entre os quais cinco Ligas dos Campeões, Cristiano Ronaldo é um dos principais nomes da história do desporto mundial e uma referência para milhões.
Entre os muitos recordes que tem, é o jogador com mais jogos e golos pela nossa seleção – 109 remates certeiros em 179 jogos – e neste Europeu passou a ser o jogador com mais fases finais (cinco, e marcou em todas), com mais jogos em fases finais (25), com mais golos em fases finais (14) e igualou o iraniano Ali Daei como o jogador com mais golos por seleções.
E não é de estranhar que, a julgar pela forma que apresenta aos 36 anos – foi o melhor marcador da última edição do campeonato italiano – ainda o vejamos a bater muitos mais recordes. Até porque, se João Moutinho bate bem, o que dizer de Cristiano Ronaldo?
Apesar de ter coincidido com Lionel Messi, para muitos o melhor jogador da história do futebol, superando lendas como Maradona ou Pelé, Cristiano Ronaldo conseguiu levar cinco Bolas de Ouro para o seu museu, prémio destinado ao melhor jogador do mundo, e reclamar um lugar bem destacado na história do futebol. A posição fica ao gosto de cada um, resta-nos apreciar o que ainda têm para nos dar.
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