Craque e guardião já com um lugar marcado a ouro na história do futebol. Mais de 1100 jogos na carreira, num percurso que se iniciou aos 17 anos e terminou apenas aos 45 anos.
Buffon marcou uma era na baliza das equipas que defendeu e também ao serviço da sua seleção.
Gianluigi Buffon nasceu a 28 de janeiro de 1978, em Carrara, na Toscânia, filho de campeão do lançamento do peso e de um halterofilista. As irmãs também jogaram voleibol a alto nível.
Numa família rodeada de atletas, a probabilidade de abraçar uma carreira no desporto era grande. Apesar de tudo, na família só o tio avô tinha sido jogador de futebol, Lorenzo Buffon, também antigo internacional por Itália.
Iniciou o seu percurso como médio tendo sido o guardião camaronês Thomas N'Kono quem fez com que quisesse abraçar as balizas. Com 13 anos mudou-se para Milão, cidade que acolhia dois gigantes, o AC Milan e o Inter. Mas a escolha acabou por ser o Parma onde se iniciou nos escalões de sub-14, em 1991/92.
A ascensão não foi meteórica numa carreira com passos firmes. A estreia na Série A teve lugar em 1995/96, antes de assumir em definitivo a titularidade em 1996/97.
Acabou por ser batizado com a alcunha de Superman, no momento em que defendeu uma grande penalidade apontada por Ronaldo Fenómeno, levantando na altura a camisola que expos o símbolo do herói.
Vence a extinta Taça UEFA pelo Parma, num triunfo frente ao Marselha. Acabou mudar-se do Parma para a Juventus a troco de uns impensáveis 52 milhões de euros, um valor recorde para a posição. Foi na 'vecchia signora' que finalmente conseguiu vencer um Scudetto, em 2003. Na Liga dos Campeões, a Juve acabou por ser derrotada na final frente ao Inter, integrando no entanto a equipa do ano da UEFA. Foi ainda o primeiro e único (até ao momento) guarda-redes a ser considerado jogador do ano pela UEFA.
Com o escândalo no Calcio Caos em Itália e a descida administrativa da Juventus para a Segunda Divisão, Buffon aceitou jogar pela 'vecchia signora' na Série B, o que lhe valeu a admiração dos adeptos. Na Série A, conquistou nada mais nada menos do que 10 ligas italianas, 6 Tças de Itália, 7 Supertaças de Itália e uma Serie B Italiana.
Em 2018/19 decidiu viver uma aventura em Paris, ao serviço do PSG, acabando por vencer a Ligue 1 e uma Supertaça Francesa. A nível de clubes, ficou por conquistar uma Liga dos Campeões na capital francesa. A carreira, essa, terminou-a ao serviço do Parma, em 2022/23.
Percurso glorioso na Squadra Azurra
Durante o seu percurso foi praticamente presença assídua na Squadra Azzurra. A estreia na equipa principal deu-se com apenas 19 anos. Antes desse salto, já tinha logrado a conquista do Euro sub-21.
No Mundial de 1998 foi suplente de Pagliuca e não chegou a estrear-se nessa grande competição. Na Coreia e no Japão em 2002, competição de má memória para a equipa portuguesa, foi titular até à eliminação dos transalpinos nos oitavos de final da competição. No Euro 2004, em Portugal, Itália foi eliminada ainda na fase de grupos.
Mas a glória maior da carreira seria vivida no Mundial de 2006, na Alemanha. O guardião era o titular na equipa orientada por Marcello Lippi. Na competição sofreu dois golos apenas nas sete partidas dois italianos durante a competição. Na final diante da França, Buffon coroou-se como melhor guardião do planeta, tendo levantado o troféu de campeão do mundo.
Em 2012, capitaneou a Itália até à final do Euro, competição em que a sua seleção foi derrotada pela Espanha, na final, por 4-0, em Kiev. Em 2016, vingaram-se dos espanhóis nos oitavos de final do Europeu, antes de caíram frente à Alemanha, nos quartos de final. Em 2014, Buffon tornou-se no terceiro jogador da história a competir em cinco fases finais em Campeonatos do Mundo. Terminou o seu percurso na seleção italiana, com 176 internacionalizações.
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