Roberto Martínez, selecionador nacional, fez este domingo, em Frankfurt, a antevisão ao encontro de segunda-feira de Portugal com a Eslovénia, a contar para os oitavos de final do Euro 2024.
O início de um 'novo torneio' com a fase a eliminar: "Posso dizer que, depois dos três jogos, a equipa está preparada. Amanhã começa um torneio diferente, é o 'mata-mata'. Temos 23 jogadores de campo que já se estrearam e a estreia num Europeu não é fácil. Estamos, como equipa, preparados para jogar amanhã. A nacionalidade do treinador não é importante".
Eslovénia não é surpresa: "Todas as equipas do Euro 2024 têm personalidade e acreditam que podem ganhar. Com a Eslovénia é o mesmo, é uma equipa bem organizada que acredita no que está a fazer, temos de estar ao melhor nível".
Só um treinador estrangeiro venceu o Euro ao leme de uma seleção que não a do seu país: "A nacionalidade do treinador não é importante".
Relvado longe de estar nas melhores condições: "É o que é. Acreditamos na UEFA para termos o melhor relvado possível. A Eslovénia e nós precisamos disso para dar o melhor jogo aos adeptos".
Todas as equipas querem ganhar o troféu: "Todas as equipas aqui têm personalidade, querem ganhar, acreditam que o podem fazer. Isso faz com que os jogos sejam decididos em pequenos detalhes. Com a Eslovénia é o mesmo. Conhecemos bem a equipa. São muito bem organizados, competitivos e precisamos de estar ao melhor nível".
Melhor seleção até ao momento: "Olhando para trás, só há uma equipa que ganhou três jogos, a Espanha. Depois há outras que ganharam dois, que tiveram bons momentos. Acho que este não é o momento de valorizar as seleções, é o ponto de partida. Portugal está fresco, estamos preparados. Gostaria de responder à pergunta no dia 15 de julho".
Eslovénia venceu recentemente Portugal num amigável: "Será um momento histórico para o futebol na Eslovénia, os primeiros oitavos-de-final de um Europeu. É um jogo competitivo, mas a essência deles é a mesma. Admiramos muito o que o treinador está a fazer, têm uma seleção que joga como um clube, têm uma sincronização defensiva muito forte, ajudam-se muito uns aos outros, passam tempo sem bola mas depois são muito perigosos. Sesko e Sporar têm uma ligação muito boa. E, claro, mantêm a baliza a zero. Contra a Inglaterra não sofreram, depois só sofreram num pontapé de canto nos últimos minutos. Para nós é um desafio fantástico, ver o que podemos fazer em bola corrida. A Eslovénia é uma equipa que acredita e é muito competitiva".
Detalhe que pode fazer a diferença: "O jogo perfeito não existe. Queremos marcar muitos golos, manter a baliza a zeros, controlar o jogo. Mas gostaria de continuar a fazer o que vi durante os primeiros jogos, com duas vitórias e um jogo que não gostámos tanto, que foi a capacidade de trabalho dos jogadores. Somos uma equipa muito comprometida e, depois, claro que precisamos de melhorar em muitos aspetos. Temos de melhorar o que fizemos bem. A responsabilidade do grupo foi muito boa depois da derrota com a Geórgia e gostaria que amanhã houvesse uma boa resposta".
Eslovénia é a equipa com menos posse de bola do torneio: "É uma equipa que gosta de jogar sem bola e nós precisamos de defender bem. Há momentos-chave que são muito rápidos. Eles não precisam de muitos toques ou posse para criar perigo. Sesko e Sporar têm um remate fácil, se marcarem o jogo torna-se mais difícil. Depois é utilizar as nossas ligações, controlar o momento, os sentimentos, desfrutar, mostrar o talento individual. É aí que somos fortes. Mas claro, sempre com a ideia de que a Eslovénia é muito forte defensivamente e precisamos de ter paciência. Não podemos querer marcar golos sem jogar bem. E quando digo jogar bem, é manter a baliza a zero".
Lições a tirar do jogo com a Geórgia: "Foi a primeira vez na história de Portugal onde há três jogadores sub-23 no 11. O jogo com a Geórgia foi importante. O resultado não foi o que queríamos, mas é preciso olhar para trás e avaliar o jogo como uma equipa que tem seis pontos e foi a 1.ª do grupo. É importante olharmos para a frente. Precisamos de ter a lição do jogo da Geórgia bem estudada. A lição é clara: o importante é o que podemos fazer, não é o adversário. Se não tivermos a mesma intensidade, a mesma necessidade de ganhar, torna-se muito difícil.
Elogios a Rafael Leão: É nossa responsabilidade colocar o Rafael nas melhores posições, dar-lhe espaço para que possa colocar o seu futebol em prática. Mas fiquei muito impressionado, deu-nos muito nos dois primeiros jogos, principalmente com a Turquia. Tem sido muito consistente, está a dar o seu melhor e tem treinado muito bem. O talento que tem é essencial para nós e faz com que sejamos melhores".
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