A futebolista francesa Aminata Diallo foi hoje libertada, sob controlo judicial, após ter sido detida na sexta-feira pelo seu alegado envolvimento nas agressões à sua ex-companheira no Paris Saint-Germain Kheira Hamraoui, supostamente por rivalidade desportiva.

A decisão foi tomada pelo Ministério Público de Versalhes que coordena as investigações sobre o tema que chocou o desporto e a sociedade franceses.

De acordo com os meios de comunicação social gauleses, Diallo, de 27 anos, não poderá abandonar o país nem contactar qualquer um dos outros envolvidos, devendo fixar residência em casa do seu pai.

Aminata Diallo está formalmente acusada de “violência agravada” e “associação criminal” depois de ter sido considerada a mandatária das agressões, com barras de ferro, em 04 de novembro de 2021, à sua antiga colega de equipa, de 32 anos, e rival na luta por um lugar no meio-campo do PSG e da seleção francesa.

O ato de violência, que visava acabar com a carreira de Hamraoui, foi protagonizado por cinco homens encapuzados que pararam o carro conduzido por Diallo, que dava boleia à vítima, depois de um jantar de confraternização da equipa parisiense.

Hamraoui foi violentamente atacada nas pernas enquanto os agressores lhe perguntavam se gostava de se envolver intimamente com homens casados, facto que levou as investigações a questionar-se se não se trataria de uma vingança amorosa.

Em causa a dúvida se a agora ex-mulher do internacional francês Eric Abidal, que manteve uma relação extraconjugal com a vítima enquanto ambos representavam o FC Barcelona, estaria por detrás no caso, cuja revelação a levou a terminar com o seu casamento.

Diallo, que terá feito pesquisas no seu computador pessoal sobre “como partir uma rótula” e “cocktail de drogas perigosas", supostamente premeditando o ataque à colega, ficou sem clube desde que o incidente foi tornado público.

O caso tem outros quatro arguidos que declaram às autoridades que foram “mandatados para que Hamraoui não pudesse jogar futebol”.

Este caso apresenta semelhanças com um outro sucedido nos anos 90 do século passado, nos Estados Unidos, em que a patinadora Nancy Kerrigan foi também agredida, a mando de Tonya Harding.