A pandemia da COVID-19, que levou à suspensa das competições, representa “uma ameaça quase existencial” à já frágil economia do futebol feminino”, alertou hoje o Sindicato de Jogadores Profissionais (Fifpro).
“A situação atual é passível de constituir uma ameaça quase existencial para o futebol feminino, se nenhuma medida for tomada para proteger a sua economia”, sublinhou o organismo em comunicado.
A Fifpro levanta muitas dúvidas em relação a uma área que é frágil por natureza, com “menor desenvolvimento de campeonatos profissionais, salários baixos, poucas oportunidades e desigualdades nos investimentos e patrocínios”.
A crise suscitada pelo novo coronavírus coloca muitas dúvidas entre as próprias jogadoras, tanto no aspeto mental, como físico, assinala ainda o Sindicato, lembrando que em 2017 apenas 18% das praticantes tinham estatuto profissional.
Em Portugal, a Federação Portuguesa de Futebol decidiu cancelar as épocas do futebol não profissional, entre os quais a Liga feminina, anunciando um fundo de apoio para as diferentes categorias.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 629 pessoas das 18.841 registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
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