O selecionador feminino de futebol, Francisco Neto, prometeu hoje que a sua equipa vai deixar os portugueses orgulhosos na primeira presença num Campeonato do Mundo, em 2023, desejando que as suas jogadoras sejam competitivas e dependam apenas de si.
O técnico luso, que recentemente renovou contrato com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), num novo vínculo estabelecido até 2027, falou à comunicação social à margem do FIFA Women’s World Cup Trophy Tour, que decorreu na tribuna do Estádio Nacional, em Oeiras.
“O que posso prometer é que será uma equipa que os portugueses se vão orgulhar de ver, que possam ouvir o primeiro hino [de Portugal] num jogo do Campeonato do Mundo. Que se sintam orgulhosos. Queremos ser competitivos e, se for possível, lutar até ao último jogo. É por isso que vamos lutar”, expressou Francisco Neto.
O selecionador está à frente da principal seleção feminina portuguesa de futebol desde 2014 e não ficou indiferente à presença do troféu do Mundial em Portugal: "É partilhar com a minha equipa técnica, estamos muito felizes. Agora é ir, fazer o nosso trabalho e chegar mais perto dele [troféu] mais vezes”.
Sobre o Grupo E do Mundial, que conta com os atuais campeões e vice-campeões, os Estados Unidos e os Países Baixos, respetivamente, além de Portugal e Vietname, Francisco Neto abordou a “montanha muito difícil de trepar”, mas indicou o caminho.
“É uma montanha muito difícil de trepar. Em 2017 também ninguém acreditava que íamos estar no Europeu, neste Campeonato do Mundo também, face ao nosso ranking. Queremos depender só de nós no último jogo com os Estados Unidos. É isso que vamos passar [às jogadoras], porque elas querem sempre mais”, apontou.
Por fim, falou das dificuldades de fazer uma convocatória “criteriosa”, a ser anunciada em 19 de junho, para a fase final, a realizar-se na Nova Zelândia e na Austrália, uma vez que se sente “angustiado por dar uma grande alegria a umas jogadoras e uma grande tristeza a outras”.
Por sua vez, a secretária-geral da FIFA, a senegalesa Fatma Samoura, não se mostrou surpreendida com a presença de Portugal no torneio, face “ao talento das jogadoras” lusas, e explicou o porquê de esta ser uma edição “muito especial”
“É a nona edição, todos sabemos que a primeira foi em 1991. É a primeira vez que o Mundial feminino se realiza no hemisfério sul, a primeira vez que passou de 24 para 32 equipas e a primeira vez de Portugal num Mundial. Posso prometer que será uma grande festa do futebol. Será espetacular e mal posso esperar que chegue julho”, manifestou.
Já a diretora da FIFA para o futebol feminino, Sarai Bareman, desejou “o melhor" para Portugal, reconhecendo que a missão das lusas na ‘poule’ será “dura e difícil”.
“Só posso dar os parabéns pela qualificação, desejo o melhor para Portugal. Vão jogar no meu país, com adeptos que gostam de futebol. É um grupo duro e difícil, com Estados Unidos e Países Baixos, mas acho que vão sair-se bem”, desejou.
A equipa portuguesa inicia a caminhada diante dos Países Baixos, em 23 de julho, seguindo-se o Vietname, em 27, e os Estados Unidos, em 01 de agosto, numa competição que decorrerá de 20 de julho a 20 de agosto, na Austrália e Nova Zelândia.
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