Em Espanha, não é só o Caso Rubiales que dá notícia entre o futebol feminino. Agora fala-se numa greve convocada pelas jogadoras, que vai abranger as duas primeiras jornadas do campeonato nacional. Em causa estão as negociações da renovação do Contrato Coletivo de Trabalho, que já tinham começado a 25 de janeiro de 2022 e que não tiveram avanços.

A informação está a ser avançada pelo El País, que recorre a um comunicado da Associação de Futebolistas Espanhóis (AFE): "Depois de mais de um ano de negociações, e perante a impossibilidade de alcançar um acordo satisfatório com a entidade patronal, os sindicatos, como representantes das trabalhadoras, viram-se obrigados a convocar duas jornadas de greve", pode ler-se.

A AFE e outras organizações representativas das jogadoras adiantam que as “negociações estão paralisadas” com a Liga profissional feminina.

As negociações dizem respeito a uma melhoria das condições salariais para, segundo os sindicatos, “reduzir a disparidade salarial existente”, sendo que, de acordo com a imprensa espanhola, também estão relacionadas com questões de formação e de equilíbrio entre as obrigações desportivas e a vida familiar.

Caso não se chegue a acordo nos próximos dias entre as jogadoras e a Liga F, as duas primeiras jornadas, a disputar de entre 08 e 10 de setembro e entre 15 e 17 de setembro, vão ter de ser adiadas.