Tatiana Pinto frisou no sábado que cumprir 100 internacionalizações por Portugal, que atingirá se alinhar diante do País de Gales, na terça-feira, em jogo particular da seleção feminina de futebol, será um “marco importante” na sua carreira.

A jogadora de 29 anos, que foi titular na derrota por 2-1 diante do Japão, na quinta-feira, cumprirá 100 internacionalizações ‘AA’ por Portugal, tal como Jéssica Silva, caso jogue face às galesas, novamente no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, no outro jogo de preparação tendo em vista o Campeonato do Mundo na Austrália e na Nova Zelândia, em julho e agosto.

“É um marco importante, nunca pensei atingi-lo, e poder fazê-lo no próximo jogo é especial, pelo momento que a seleção está a viver e o futebol feminino em Portugal está a atravessar. Ficarei muito feliz. Poder fazê-lo com a Jéssica é especial, porque a conheço há muitos anos. Começámos a jogar juntas muito novinhas, conhecer as lutas uma da outra torna as coisas um pouco mais especiais”, disse a médio, em declarações ao Canal 11.

Diante das galesas, a ambição passa por “ganhar”, sabendo que “a dificuldade será muito grande porque 95% das jogadoras do País de Gales joga em Inglaterra, que tem um campeonato muito competitivo e agressivo”.

“São jogadoras que estão habituadas a jogar ao mais alto nível e, para nós, será um grande teste”, disse, antevendo um jogo “muito físico”.

O desaire com o Japão não foi desvalorizado, porque “não deixa de ser uma derrota e é importante” que as jogadoras sintam isso dessa forma, mas Tatiana Pinto lembrou que “o Japão é uma das equipas que melhor joga a nível mundial e já ganhou um campeonato do mundo [em 2011]”.

Para a jogadora das espanholas do Levante, o jogo com a seleção nipónica “foi uma oportunidade muito grande” de Portugal continuar o seu “processo de aprendizagem e crescimento”.

“Fizemos coisas muito boas e é importante que saibamos disso porque não foi contra uma equipa qualquer”, disse.

Tatiana Pinto considerou que, “em termos de números”, esta talvez seja a sua melhor temporada.

“Consegui dar um passo em frente, era isso que ambicionava quando regressei ao estrangeiro. Estou muito contente com isso e, somando a essa felicidade individual, o que temos feito na seleção, nomeadamente o apuramento para o Mundial, foi a cereja no topo do bolo”, disse.

Portugal está integrado no Grupo E do Mundial e estreia-se a 23 de julho, diante dos Países Baixos (vice-campeãs mundiais), defronta o Vietname quatro dias depois, a 27 de julho, antes de encerrar a participação na fase de grupos perante as campeãs mundiais dos EUA, a 01 de agosto.