O Santos anunciou esta segunda-feira (15) a saída do treinador da equipa feminina de futebol, Kleiton Lima, após um movimento de protestos contra o agora ex-treinador, acusado de assédio sexual e moral por várias jogadoras no ano passado.
"Para preservar a sua família, a sua integridade e o próprio Santos Futebol Clube, Kleiton Lima solicitou hoje o seu afastamento do cargo de técnico das Sereias da Vila", explicou o clube do litoral paulista, em comunicado.
"Desde a sua contratação, o treinador tem vindo a sofrer críticas e nos últimos dias até ameaças de morte devido as acusações feitas no ano passado", acrescentou o Santos.
Kleiton Lima, 49 anos, tinha deixado o cargo de técnico da equipa feminina do Santos em setembro do ano passado, quando a direção do clube recebeu 19 cartas anônimas de jogadoras, acusando-o de "assédio moral e sexual".
O técnico, que diz ser inocente, foi reintegrado no início de abril, após o Santos afirmar que as acusações não foram provadas.
O seu regresso provocou uma onda de protestos de jogadoras de várias equipas no último fim de semana, durante a 5.ª jornada do Campeonato Brasileiro feminino.
Durante o protocolo de pré-jogo, várias jogadoras exibiram o número 19 nas suas camisolas, uma referência ao número de cartas anônimas enviadas que acusam o técnico do Santos de assédio. Outras atletas cobriram a boca com as mãos em sinal de protesto.
Kleiton Lima treinou o Santos em três ocasiões (1999-2010, 2022-2023, voltou em 2024), conquistando dois Campeonatos Brasileiros (2007 e 2008) e duas Taças Libertadores (2009 e 2010).
Ele também foi técnico da seleção feminina do Brasil, com a qual venceu a Copa América de 2010 e disputou o Campeonato do Mundo de 2011.
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