A internacional portuguesa Raquel Infante assumiu hoje a ambição de ajudar Portugal a bater a Finlândia, na qualificação para o Europeu de futebol feminino de 2021, à imagem do que a seleção conseguiu na caminhada rumo ao Euro2017.

Em declarações prestadas na Cidade do Futebol, em Oeiras, no dia que marcou o arranque do estágio para o embate de 12 de novembro, em Vila Nova de Famalicão, a jogadora do Benfica lembrou que a equipa das ‘quinas’ superou esta oponente na anterior fase de apuramento (vencendo em casa por 3-2 e empatando fora 0-0) para conseguir a inédita presença no Campeonato da Europa e vincou a convicção da equipa em mostrar que o feito não foi obra do acaso.

"A Finlândia não é uma equipa fácil, é uma equipa muito física e forte no jogo aéreo. Os jogos que fizemos anteriormente contra elas não foram fáceis. Tenho a certeza de que elas vêm cá com o pensamento de não terem conseguido ir ao Europeu. Nós também queremos mostrar que não foi por acaso que lhes ganhámos e que a nossa seleção é mais forte. Este vai ser um jogo difícil, mas tenho a certeza de que a equipa se vai apresentar na máxima forma", garantiu.

Para a defesa, de 29 anos, a circunstância de o jogo ser disputado em Portugal eleva ainda mais a responsabilidade da seleção em conseguir o triunfo, sobretudo depois de uma entrada vitoriosa (1-0 contra a Albânia) na fase de qualificação.

Paralelamente, com três pontos num único jogo disputado, a equipa portuguesa pode, em caso de vitória, igualar as finlandesas - que já somam seis pontos, em duas partidas - na liderança do Grupo E.

“Em Portugal, temos de ganhar os jogos todos. Este vai ser o primeiro jogo desta qualificação na nossa casa e vamos querer os três pontos", frisou, sem deixar de sublinhar a importância do grupo estar unido para alcançar o triunfo e dar novo passo rumo ao Europeu, que irá decorrer em Inglaterra, no ano 2021: "Temos os objetivos bem definidos, sabemos o que queremos e o que queremos é estar no Europeu”.

O percurso de Raquel Infante inclui uma passagem pela Finlândia, ao serviço do Aland United, em 2016, e a jogadora não esqueceu o estilo de jogo mais físico do futebol finlandês. Porém, a central do Benfica reiterou que Portugal vai "manter a sua identidade" e manifestou a expectativa de o ritmo mais elevado de todas as jogadoras portuguesas nesta fase da época poder contribuir para atenuar as diferenças a nível físico.

"É [um fator] importante, porque não estamos no início da época, como estávamos no jogo contra a Albânia. Estamos todas agora numa fase melhor. Elas podem ter o físico, mas nós temos outras coisas. Vamos planear bem a estratégia e tenho a certeza de que vamos conseguir bater essa parte mais física que elas têm", concluiu a jogadora, antes do primeiro treino com as colegas, no qual Cláudia Neto fez gestão de esforço e trabalhou condicionada.

A seleção nacional de futebol feminino, orientada por Francisco Neto, concentrou-se hoje na Cidade do Futebol, onde vai ficar a treinar até sexta-feira, dia em que parte para Guimarães, onde prosseguirá os trabalhos até à véspera do encontro, agendado para 12 de novembro, no Estádio Municipal de Famalicão.