Luís Castro comentou o castigo aplicado ao brasileiro Taíson pela Federação Ucraniana de Futebol, depois de o extremo ter sido expulso num jogo do campeonato, por chutar uma bola para as bancadas de onde vinham cânticos racistas contra si. Um castigo que o treinador do Shakthar Donetsk não percebe.

Taison reage aos insultos racistas: "Jamais me calarei"
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"O racismo é um tema sensível não só no futebol, mas na sociedade. Incomoda-nos e é uma das maiores pragas que existe no mundo. Não há outra forma de o dizer. Todos ficámos tristes com o que aconteceu, mas sabemos como os humanos erram. As pessoas cometem erros aqui e ali, alguns mais que outros. Todos concordamos que o racismo devia acabar tal como o trabalho infantil, a violência doméstica, a guerra e várias outras pragas. Neste caso específico, não devemos tolerar racismo no futebol", declarou o técnico português, antes de completar.

"Concordam com a suspensão do Taison? É estranho ver o ofendido castigado. Não interessa se concordamos ou não. Só interessa antes de as regras serem escritas. Tenho de aceitar, apoiar o meu jogador e ajudá-lo a sentir-se como todos os outros. Vamos continuar com a nossa equipa, um lugar onde todos têm os mesmos direitos", disse o treinador português do Shakhtar, na antevisão do jogo com o Manchester City, para a 5.ª jornada da Liga dos Campeões.

Taíson sofreu insultos racistas, mostrou o dedo do meio e foi expulso. Luís castro solidário com o seu jogador
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No encontro da 14.ª jornada da liga ucraniana, que o Shakhtar venceu por 1-0, Taison foi expulso aos 85 minutos, após agarrar a bola com a mão, pontapeá-la em direção aos adeptos do Dínamo de Kiev e dirigir-lhes um gesto obsceno, em resposta aos insultos.

O Shakhtar Donetsk desloca-se ao terreno do Manchester City esta terça-feira, para o jogo da 5.ª jornada da Liga dos Campeões. Os 'citizens' lideram o Grupo C com dez pontos, seguido dos ucranianos e do Dinamo Zagreb com cinco pontos cada. A Atalanta tem um ponto.