Segundo um estudo recente, as equipas da primeira divisão gastam mais de dez milhões de Kwanzas por mês (56.780 euros), valor que inclui salários, prémios de jogo, estágios, transporte, pagamentos aos árbitros, entre outros.
Por falta de dinheiro para cobrir as despesas, o Benfica de Luanda pode desistir das competições nacionais este ano, apesar de ter a expectativa de superar o sexto lugar no Girabola Zap e reconquistar a Taça de Angola.
Até ao momento, entre as 16 equipas do campeonato nacional, os encarnados são os únicos que ainda não abriram as oficinas, nem sequer apresentaram os reforços e o plantel para atacar a nova temporada.
O SAPO Desporto tentou contactar alguns dirigentes do Benfica de Luanda para fornecerem mais informações, mas sem sucesso. Contudo, fonte próxima do emblema revelou que a direcção do clube vai pronunciar-se nos próximos dias.
O silêncio da agremiação em torna da situação também preocupa os sócios, adeptos e simpatizantes da equipa, uma vez que juntou-se aos principais candidatos aos títulos nos últimos três anos, após a conquista da Taça de Angola, em 2015.
De recordar que na época passada os encarnados realizaram o estágio de pré-epoca em Espanha, mas este ano os cofres ficaram vazios, apesar de os dirigentes estarem à procura de soluções para manter o bom-nome do emblema.
Apesar do Benfica de Luanda competir há muitos anos na primeira divisão, nunca sagrou-se campeão do Girabola.
Ao mesmo tempo, e também devido à falta de liquidez financeira, a maior parte das equipas está a realizar o estágio que antecede o início do campeonato no interior do país, com realce para a província de Benguela, a região que mais clubes tem acolhido.
Face ao desenrolar deste cenário de crise, tudo indica que muitos clubes poderão anunciar a desistência ao longo da época, tal como aconteceu no ano passado.
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